O cinema de Chris Marker como uma reflexão contemporânea sobre a memória

Na primeira cena de Sem sol (Sans Soleil), filme de Chris Marker de 1982, ouvimos a voz de uma mulher que conta de uma carta que um homem lhe escreveu, e nessa carta ele lhe dizia de um esforço de junção com outras imagens daquela que seria para ele ” a imagem de felicidade”, a belíssima imagem de três crianças sobre um verde islandês. O autor da carta  diz a mulher que depois de por tanto tempo sem conseguir a junção dessa imagem com outras, decide que o melhor é montá-la junto a uma imagem negra para que dessa forma “se não virem a felicidade, pelo menos verão o preto”.

Sem Sol é construído a partir desse esforço que o início já demonstra, o do encontro de imagens e da carta escrita por Sandor Krasna, aquele que muitos acreditam ser um dos codinomes de Chris Marker. Ele, o homem que parte  dessa imagem de felicidade como convite para acompanhar sua viagem pelo mundo numa procura, numa busca através do registro e através do olhar lançado sobre o outro. Ao seguirmos com atenção Sem sol e sua construção podemos perceber o fio que com essa obra o trabalho de Marker costura. Procuro com esse artigo tratar de alguns temas recorrentes na obra de Chris Marker que informam sobre o debate sobre a memória, e sobre a forma como a obra de Chris Marker se revela um lugar contemporâneo de reflexão sobre a memória.

Sans soleil, de 1983
"Sans soleil", de 1983

O primeiro filme que vi de Chris Marker foi La jetée, de 1962, que nos seus vinte e oito minutos impressiona pelo trabalho feito por Marker através de fotografias e  através do drama construído sobre o homem que carrega uma imagem do passado consigo, e com isso é tomado como experiência em uma Terceira Guerra Mundial. Tempo depois houve o encontro com Sem Sol, documentário que se apresenta como uma carta, ou um diário de viagem que mais que isso, é uma belíssima obra de reflexão sobre um tempo. Esses filmes, apesar dos vinte anos que os separam, informam sobre a temática presente na obra de Marker que informa a discussão que pretendo construir, a questão da memória nesse tempo, a questão da nossa relação humana com a memória em um tempo em que não só as relações humanas mas os sentidos também são desassossegados. Chris Marker se lança sobre isso não só nesses filmes, mas são neles que pretendo me concentrar, nessas duas obras e no fio que elas constroem nessa reflexão.

E volto a Sem Sol para pensar a carta escrita e construída junto as imagens das viagens feitas pelo diretor. E quando a carta fala ainda nesse início da imagem de felicidade que o autor reencontra, Chris Marker remete desde já a algumas questões inquietas  nos estudos sobre a memória,  como  as conhecidas reflexões de Walter Benjamin enquanto revisita Marcel Proust na obra Em busca do tempo perdido. É difícil ler Benjamin falar sobre “a felicidade como elegia” e não pensar nessa imagem que a câmera de Chris Marker eternizou das três crianças na Islândia:

Existe um duplo impulso de felicidade, uma dialética da felicidade. Uma forma da felicidade é hino, outra é elegia. A felicidade como hino é o que não tem precedentes, o que não foi, o auge da beatitude. A felicidade como elegia é o eterno mais uma vez, a eterna restauração da felicidade primeira e original.[1]

E a imagem verde de Chris Marker parece encontrar essa questão que propõe Benjamin, e informa sobre essa “eterna restauração da felicidade primeira e original”, sobre a memória como busca, ou como restauração, como disse Benjamin. E com isso, mas não só com isso, é possível notar desde já que Chris Marker toca em questões que ainda são inquietas no debate sobre a memória, como a questão da lembrança que acompanha como imagem, pontos em que já tocavam autores como Henri Bergson e mais recentemente, Paul Ricouer em trabalhos que tratam dessas questões[2].

Deve haver, na experiência viva da memória, um rastro irredutível que explique a insistência da confusão comprovada pela expressão imagem-lembrança. Parece, mesmo, que a volta da lembrança pode fazer-se somente  no modo de tornar-se imagem. A revisão paralela das fenomenologias da lembrança  e da imagem encontraria seu limite no processo  de transformação da lembrança em imagens. [3]

Tratar de imagens que não largam parece ser o tema que orienta a filmografia de Chris Marker. Com isso, o autor possibilita discutir a questão que Ricouer suscita na História, memória e Esquecimento ao falar da fenomenologia da lembrança e da imagem. Em La jetée essa questão nos chega quando Chris Marker filma a história de um homem que é tomado como experiência por levar consigo uma imagem do passado. Chris Marker filma esse drama através de uma sucessão de fotografias que surgem como lampejos de memória, que dizem sobre a experiência do homem que não esquece, e que, como parte da experiência, é lançado ao futuro, como o anjo de Benjamin que olha o passado informado pelo futuro[4]. E nessa relação passado, presente e futuro se localiza muito das impressões que La jetée traz. De que é feito esse homem que não esquece? – Podemos perguntar.  O historiador e teórico literário Márcio Seligmann-Silva muito ilumina nessa questão ao trazer aqui mais uma vez Benjamin de encontro a Marker quando diz que “Como em Benjamin, o nosso personagem em La jetée recusa o personagem do futuro pacificado: ele prefere escavar as suas memórias”[5]. Seligmann-Silva diz ainda:

Ao invés de deslocamento no tempo, assistimos a uma topografia da memória, vale dizer, à construção do Ser como memória, como função ativa de montar/desmontar as suas imagens.[6]

Quando Seligmann-Silva discute a questão “da construção Ser como memória” no que diz respeito ao seu montar e desmontar, ou no que na memória diz respeito a construir, ele encontra um ponto que muito instiga esse debruçar sobre a obra de Chris Marker que é a questão do homem que se constitui a partir de suas lembranças, a partir do que em lembrar é esquecer é trabalho.

Se pensarmos ainda sobre esse fio das imagens que não largam, questão que Marker traz à tona, podemos pensar na forma como em Le fond l’air est rouge, de 1977, Chris Marker se debruça sobre imagens de arquivo dos movimentos sociais da década de 50 e 60  para desassossegar a memória desse período.  E em Sem Sol, já em 1982, vemos Chris Marker sair com sua câmera pelo mundo em busca daqueles que seriam os “extremos de sobrevivência” na construção de uma memória sua mas que se revela também a memória de um tempo, esse homem que como diz claramente em Sem sol ” sai em busca da banalidade como um caçador de recompensas” nos traz questões tocantes sobre a relação entre a imagem e memória na contemporaneidade.

Como lembramos hoje? Ou como falar sobre nossas experiências mais banais ou das mais traumáticas? Ou como desde La jetée o autor procurava pensar: Qual a relação dos homens e mulheres com a linguagem após experiências de violência? Qual a relação dos homens com a linguagem após terem vivido as Guerras Mundias ou a Guerra do Vietnã? Para Chris Marker a  imagem parece surgir como resposta a essa relação da memória na contemporaneidade. Se a memória é algo construído, ou como diz Marilena Chauí, se “memória é trabalho”[7], quais os procedimentos da sua construção?

La jetée, de 1962
"La jetée", de 1962

Se temos esse contemporâneo em que estamos submetidos a tantas imagens, o registro surge como urgência na construção da memória, no trabalho da memória.  Quais os esforços para registrar o vivido nesse tempo? – Podemos questionar. E Chris Marker com a suas imagens que dialogam com tantos outros artistas e não artistas que escolheram a imagem para registrar o cotidiano e o vivido diz sobre essas possibilidades de registro. Marker surge como parte dessa construção sensível bastante contemporânea de uma memória através de imagens, através do cinema, ou através simplesmente de um video caseiro partilhado no site youtube.

Lançar o olhar sobre o trabalho de Chris Marker é um esforço de compreender seus procedimentos de registro e construção dessa memória que ele deseja partilhar, essa memória que possibilita encontro.  O autor ilumina nessa leitura e releitura de suas obras uma questão bastante inquieta nos estudos sobre a memória, que é a relação da experiência com o registro, ou  a relação da experiência vivida com a linguagem. A certa altura de Sem sol junto as imagens de Tóquio e da Guiné Bissau a carta escrita nos diz

Eu passaria a vida a indagar sobre a função da lembrança, que não é o oposto do esquecimento, mas seu avesso. Não nos lembramos, recriamos a memória, como recriamos a história. Como lembrar da sede?

Com isso Chris Marker além de propor um conceito para memória ao falar do recriar, e do reescrever – questão já trazida antes em La jetée –  o autor volta ao tema sobre a relação da coisa vivida com o relatado, contado, ou filmado. E por todo o filme traz a questão dessa dificuldade para lembrar da experiência extrema, ou da sede, como diz o trecho do filme. E com isso fala também da beleza da reescritura e da busca.  Dessa forma o autor encontra a discussão que propõe o historiador e teórico literário Márcio Seligmann-Silva ao abordar a questão do trauma e a relação da experiência com a linguagem:

O testemunho coloca-se desde o início sob o signo da impossibilidade. Testemunha-se um excesso de realidade e o próprio testemunho enquanto narração testemunha uma falta: a cisão entre a linguagem e o evento, a impossibilidade de recobrir o vivido (o “real”) com o verbal. O dado inimaginável da experiência concentracionária desconstrói o maquinário da linguagem. Essa linguagem entravada, por outro lado,  só pode enfrentar ” o real” equipada com a própria imaginação: por assim dizer, só com a arte a intraduzibilidade pode ser desafiada – mas nunca totalmente desobedecida. [8]

E essa questão proposta por Seligmann-Silva informa sobre a questão que Marker propõe quando o diretor questiona sobre como lembrar ou recriar uma experiência extrema se ela, como diz Seligmann-Silva “coloca-se sobre o signo da impossibilidade”.  São questões como essa que a obra de Chris Marker desassossega, e é um desassossegar que faz muito bem ao debate já que a obra de arte diz sobre o esforço para tratar da intraduzibilidade da experiência. E as imagens de Chris Marker, seja em Sem Sol, ou em La jetée, já tocavam nesses pontos e dizem muito mais sobre isso quando vistas e não só descritas nesse esforço de alcance das questões que elas trazem.

Ao chamar a atenção para a questão da relação da experiência com a linguagem em um filme como Sem Sol,  a forma escolhida de fazer isso informa sobre a procura de impressões contemporâneas sobre a relação da memória e imagem. A memória tem como suporte a imagem em um tempo em que a imagem surge como possibilidade para salvar o imediato, o instantâneo, em um tempo de difusão de meios digitais de registro, em um tempo em que os celulares também fotografam e filmam, em um tempo em que é através da imagem que boa parte do mundo sabe da guerra ou da glória. Em um tempo em que a violência é vivida mas é também tanto vista e ouvida, em que o trauma se constrói também pela imagem da televisão para  uma parte da população mundial, é lá que a violência. E ao dizer isso vou encontro mais uma vez Márcio Seligmann-Silva ao tratar dessa questão.

E estamos conscientes de que, mais uma vez, o campo de guerra torna-se “real” para o mundo apenas através de sua representação. De sua mediação: O terrorismo mata pessoas, a guerra mata pessoas, mas assistimos ao que nos é perdido ver na tela da tv. É ali, para nós, que a guerra se passa. Essa mediação dá-se não só em meio a uma política das imagens: ao reproduzir a catástrofe, ela também reproduz o trauma. [9]

Em Sem Sol, o autor da carta diz ir a procura daqueles que seriam “os extremos de sobrevivência” do planeta. A viagem segue desde a Tóquio colorida e milenar à Guiné Bissau e os ecos da revolução por independência liderada por Amílcar Cabral em 1963. Acompanhamos através das imagens e dos escritos essas experiências de procura e de olhar.  A sensação que a obra de Marker traz, para além de sua historicidade discutida aqui, está na singularidade do que sua imagem parece capturar. O diretor parece consciente da fragilidade e da beleza do que a câmera no que tem de imediato captura, e por todo o filme Sem sol ele chama atenção para isso, para a busca do banal, do simples, do frágil, e da efemeridade daquilo que se registra que carece de ser salvo para que não se perca.

Insisto aqui em transcrever trechos da carta de Sem Sol, correndo sempre o risco de que ela se perca sem o poder das imagens que a acompanham, mas mesmo assim, é sempre recorrente para tratar da discussão, principalmente diz sobre essa busca daquilo que se não “salvo” pode ser tão facilmente perdido nas armadilhas da memória, que claro, não deixa de ser um lembrar, um recriar, não deixa de ser trabalho.

A certa altura da carta em Sem sol a voz da mulher nos diz enquanto acompanhamos o hipnótico ritual japonês no cemitério de gatos :

Ele quisera saber da simplicidade e da ausência de afetação daquele casal que veio depositar no cemitério uma caixa de madeira coberta de caracteres. Assim, sua gata Tora estaria protegida. Então era preciso que eles viessem sob a chuva cumprir o ritual que cerziria o tecido esgarçado do tempo

E é dessa matéria fina de que é feita a vida e que tão pouco se filma que Chris Marker se lança, dessa matéria fina ou desse tecido esgarçado do tempo que nos constitui, é sobre as preces não ditas que ele nos pede silêncio. E o pedido diz sobre a compreensão do autor sobre esse tempo, um tempo globalizado que se volta para o mundo como um globo, mas que se volta com uma rapidez que não quer dizer olhar.

O que procurava ele tão freneticamente? O que estava na base desse esforço interminável?  Seria licito dizer que todas as vidas, obras e obras importantes, nada mais são que o desdobramento impertubável da hora mais banal e mais efêmera, mais banal e mais frágil da vida do seu autor?[10]

Walter Benjamin trouxe essa questão anos antes de Chris Marker sequer ter pensado em fazer um filme, quando discutia sobre a busca de Marcel Proust em seu Em busca do tempo perdido, mas suas questões parecem informar não só sobre ele mas quando pensamos um autor e aquele que parece ser seu projeto de vida, seu ofício.  O que buscava Chris Marker? Foi possível perceber aqui que sua procura informa sobre seu tempo, sobre uma compreensão de seu tempo e sobre de que forma a memória como recriação e como trabalho diz sobre seu projeto de olhar, diz sobre o que na sua busca é também partilha. Chris Marker parece se dar conta do alcance desse olhar lançado ao dar depoimento em uma das raras entrevistas que deu:

Vinte anos separam “La Jetée” de “Sans soleil”. E outros vinte anos separam “Sans Soleil” de hoje. Nestas circunstâncias, se eu fosse falar em nome da pessoa que fez esses filmes, não seria uma entrevista, mas um debate. Eu não acho que escolhi ou aceitei: alguém falou em fazer e foi feito. Eu já sabia que há certa correspondência entre esses dois filmes, “La Jetée” e “Sans soleil” e não precisava explicar isto. Até que eu encontrei uma nota anônima sobre meus filmes, publicada num programa em Tóquio, que dizia: “Breve a viagem terá um fim. E então nós vamos saber se a justaposição de imagens faz algum sentido. Vamos entender que rezamos com um filme como quem está numa peregrinação, a cada vez estamos novamente diante da morte: no cemitério de gatos, diante de uma girafa morta, ao lado de kamikazes no momento do salto, em frente a guerrilheiros mortos em combate. Em “La Jetée”, o experimento com o futuro termina com a morte. Ao tratar do mesmo tema, vinte anos depois, Marker supera a morte com a oração”. Quando li isso, escrito por alguém que eu não conheço, que não sabia como fiz aqueles filmes, senti uma emoção e percebi que “alguma coisa” havia, afinal, acontecido.[11]

E alguma coisa aconteceu mesmo, com os tempo as imagens parecem fazer mais sentido, ou tocar cada vez de uma forma diversa. “Nunca se sabe o que se filma”, disse Chris Marker uma vez[12], e esse não saber o que se filma que diz na verdade sobre a infinitude de possibilidades de uma imagem, ou de encontro de uma imagem com uma palavra, do olhar sobre um cachorro à beira do mar, ou de uma menina que não consegue desviar o olhar da câmera, o olhar que dura o tempo de uma fotografia, ou o tempo de uma imagem estática, o tempo de uma lembrança, quem sabe. Nunca se sabe mesmo o que se filma, porque a vida é demasiado misteriosa e linda para sabermos e por isso para alguns é preciso filmá-la, escrevê-la, além de vivê-la.  E por isso Marker filma, para que quem sabe, depois de anos a sua imagem encontre alguém em Tóquio ou em algum lugar do Brasil. É sobre essa possibilidade de alcance que as obras de Marker informam, é sobre esse olhar sensível lançado ao mundo que pode encontrar outros de alguma forma inexplicável ou só explicada pelo sentido, pelo sensível. E se houver alguma função para memória além de nos fazer continuar a viver, talvez seja pelo no que ela seja lugar de esperança, no que nela seja subversivo, como disse um dia o escritor Eduardo Galeano: Toda memória é subversiva porque é diferente. Todo projeto de futuro também[13]. E é por isso que faz todo sentido filmar, escrever, lembrar, escrever e pensar o passado para sacudir o presente e o futuro. E o cinema de Chris Marker sacode, mesmo quando filma um instante, um instante somente que dura o tempo de uma fotografia, ele sacode o sentido do mundo.

Referência Bibliográficas

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I: Magia e técnica, arte e política. São Paulo. Brasiliense, 1985.

BERGSON, Henri. Matéria e memória. São Paulo. Martins Fontes, 1999.

_______________. Memória e Vida. São Paulo. Martins Fontes, 2006.

GALEANO, Eduardo. As Veias abertas da América Latina 30 edição. tradução de Galeno de Freitas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: O breve século XX 1914-1991. São Paulo. Companhia das letras, 1995.

LUPTON, Catherine. Chris Marker: Memories of the  future. Chicago University, 2005.

MARKER, Chris. O bestiário de Chris Marker. Lisboa. Horizonte, 1986.

______________.Entrevista. Liberátion. Traduzida pelo jornal O Globo online. Disponível no endereço: http://oglobo.globo.com/blogs/ny/post.asp?cod_Post=76215. Acessado em Julho de 2009.

______________. La jetée. Comunicação cinema. 1996

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Editora da UNICAMP, 2007

SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.) História, Memória e Literatura. O testemunho na era das catástrofes. Campinas: ed. Da UNICAMP, 2003

SELIGMANN-SILVA, M. . O local da diferença. Ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução, São Paulo: Editora 34, 2005.

Referências Filmográficas

MARKER, Chris. 1962. La jetée. p&b. França. 28 min.

MARKER, Chris. 1977. Le fond l’air est rouge. cor.  França. 177 min.

MARKER, Chris. !983. Sans Soleil. cor. França. 100 min.

Breve Currículo

Tainah Negreiros é historiadora. Tem trabalhos voltados para a leitura histórica de obras cinematográficas e de literatura. Possui experiência em projetos educacionais e produções independentes que dialogam com a memória, o tempo e a afetividade. Graduada em História pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Tainah Negreiros Oliveira de Souza

Link de acesso ao currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/0809092976098733


[1] BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I: Magia e técnica, arte e política. São Paulo. Brasiliense, 1985. p.39.

[2] Henri Bergson discute a relação da memória e da imagem em duas obras clássicas suas que são Matéria e Memória e Memória e vida.
Paul Ricouer revisita a questão da relação lembrança-imagem na sua obra História, memória e esquecimento.

[3] RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Editora da UNICAMP, 2007. p.26

[4] A imagem do anjo de Walter Benjamin está presente no texto “Sobre o conceito da história” in: BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I: Magia e técnica, arte e política. São Paulo. Brasiliense, 1985.

[5] SELIGMANN-SILVA, Márcio. Catastrophe, História e Memória em Walter Benjamin e Chris Marker. in: SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.) História, Memória e Literatura. O testemunho na era das catástrofes. Campinas: ed. Da UNICAMP, 2003. p. 413

[6] SELIGMANN-SILVA, Márcio. Catastrophe, História e Memória em Walter Benjamin e Chris Marker. in: SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.) História, Memória e Literatura. O testemunho na era das catástrofes. Campinas: ed. Da UNICAMP, 2003. p.412.

[7] CHAUÍ, Marilena. Os trabalhos da memória. In: BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 2.ed. São Paulo: T.A. Queiroz, 1987. p.17-33.

[8] SELIGMANN-SILVA, Márcio. Apresentação da questão: A literatura do trauma. in: SELIGMANN-SILVA, Márcio (org.) História, Memória e Literatura. O testemunho na era das catástrofes. Campinas: ed. Da UNICAMP, 2003. p 46-47

[9] SELIGMANN-SILVA, M. . O local da diferença. Ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução, São Paulo: Editora 34, 2005. p. 63-64

[10] BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I: Magia e técnica, arte e política. São Paulo. Brasiliense, 1985.

[11] Chris Marker em entrevista concedida ao jornal “Liberation” em 2003, traduzida para o jornal “O Globo” online e publicada em outubro de 2007.

[12] Voz off em “Le fond l’air est rouge.

[13] GALEANO, Eduardo. As Veias abertas da América Latina 30 edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. p. 307.

Author Image

RUA

RUA - Revista Universitária do Audiovisual

More Posts

RUA

RUA - Revista Universitária do Audiovisual

Este post tem um comentário

  1. Author Image
    Marcos Dreamer

    Tainah, veja neste site
    http://www.culturgest.pt/actual/23-chris.html
    como escrever sobre o mesmo assunto com clareza, informação e brevidade.
    É legal escrever, mas aprenda o básico primeiro, não judie dos leitores.
    Não enrole, a humanidade agradece.
    Jogue fora essa repetição do óbvio para encher linguiça.
    Depois continue aprendendo, nunca acaba.
    Vá em frente.

    abraço
    Marcos Dreamer

Deixe uma resposta