Cobertura SeIS. 15 – Oficina: O Ator e o Outro, com Gustavo Morais

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Ocorreu, nesta sexta-feira (17), na Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda, realizada pela Semana de Imagem e Som 2015, a oficina de direção de atores, intitulada O Ator e o Outro, ministrada por Gustavo Morais, formado em Imagem e Som pela UFSCar e em direção de atores, na técnica Meisner/Mamet, pela EICTV de Santo Antonio de Los Banõs, em Cuba.

A oficina expôs conceitos, processos e etapas da direção de atores no contexto cinematográfico, abordando fundamentos básicos do trabalho do ator, afim de compreender seu processo de criação e de estabelecer um parâmetro de diálogo no exercício da direção.

Partindo da ideia que o diretor precisa habitar o lugar do ator para compreender suas necessidades, Gustavo Morais defende o método realista do teatrólogo russo Constantin Stanislávski. Para representar o medo, por exemplo, faz-se necessário ao ator pesquisar a emoção em sua memória afetiva, de modo que em cena possa vivenciá-la.

O método foi trabalhado de forma expositiva, com exibição e análise de trechos do filme Ligações Perigosas (Dangerous Liaisons, Stephen Frears, 1988) e do episódio I Hate These People (Ed Bianchi e Adam Stein, 2007) da série Damages, seguido pela parte prática, com o desenvolvimento de exercícios básicos de interpretação stanislavskiana – de confiança à imersão, para intensas atividades de repetição.

Para estimular discussões futuras, Gustavo sugeriu ainda algumas leituras que ilustram e desenvolvem ideias propostas na oficina: David Mamet, On Directing Film (Nova York, Penguin Books, 1992), Judith Weston, Directing Actors (Califórnia, Michael Wiese Productions, 1999) e Constantin Stanislávski, A Preparação do Ator (Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2004) e A Construção da Personagem (Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2014).

 

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