CRÍTICA | Kung-Fu Panda 4 (2024), Mike Mitchell

Por: Gabriel Almeida

Kung-Fu Panda 4 despontou de forma polêmica: uma nova aventura de Po baseada na nostalgia dos antigos vilões – uma boa obra pras crianças e também pros adultos que assistiram os primeiros filmes, ou mais uma continuação forçada e uma tentativa de atrair o antigo público?

Poderia falar bem, a ideia de buscar os antigos e tradicionais vilões do panda (sobretudo Tai Lung, que é meu favorito) funcionou de forma interessante, contudo não foi tão bem aproveitado, visto que as cenas de luta são rápidas e poucas, se comparadas com o resto do filme e as “lutas secundárias”. Ademais, tudo neste filme parece um pouco pior.

Po outra vez é um brincalhão no conflito entre se divertir e assumir as responsabilidades, mas dessa vez o mesmo se apoia em uma fraca trama de personagens normalmente apresentados como secundários durante o universo do filme – sem a aparição dos 5 furiosos e muito pouco do Mestre Shifu, que mais parece ser alívio cômico.

Os plots são rasos na maior parte das vezes, quando não, a motivação do vilão. A Camaleoa é uma boa vilã, e merecia mais destaque e profundidade do que a mera “Rainha do Crime”, título esse dado de forma cega somente para um efeito dramático. Mas ao mesmo tempo, tem um motivo muito raso, e na verdade esperado para a maior parte dos vilões considerados Clichês.

Fora os aspectos da obra, num geral não apresenta nada de novo, funciona como filme mas se aproveita melhor como sequência. A arte, contudo, é bem organizada, com a mistura de elementos abstratos na busca do dinâmico. Os planos são bem compostos e criativos, as cenas de luta ainda mais dinâmicas, mas o básico para prender o espectador. Um filme ok.

⭐️⭐️

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