Dossiê “Tudo É Brasil” – Chamada de Textos

Rogério Sganzerla, em uma série de documentários sobre a vinda de Orson Welles ao Brasil, trabalha com a máxima “Tudo é Brasil”, frase proferida pelo cineasta estadunidense quando veio ao Rio de Janeiro para filmar o documentário It’s All True, em 1942. A frase de Welles, inclusive, se torna título do último documentário de Sganzerla sobre o diretor americano – trata-se aqui de Tudo é Brasil, de 1997. Em uma entrevista posterior ao lançamento do presente filme, o diretor brasileiro diz que tal máxima seria resultado de um breve otimismo próprio da época, no qual as coisas giravam em torno de tudo ser possível, logo desmistificado.

Nesse sentido, trataremos a frase proferida por Welles na década de 1940 como também uma máxima, agora na busca de falar sobre o cinema brasileiro em suas diversas fases e formas. A Revista Universitária do Audiovisual (RUA) escolhe, então, o seguinte tema para o dossiê “Tudo é Brasil – As Formas do Cinema Brasileiro”, para retomar suas atividades após um período sem atualizações, agora com uma nova equipe editorial e também uma nova roupagem. O presente tema surge de uma necessidade de se pensar o cinema brasileiro levando em consideração sua prevalência em meio a diversas impossibilidades. O audiovisual nacional, dentro de suas diversas possibilidades estéticas, passa por períodos otimistas, porém nunca duradouros – assim como a frase de Welles.

Das chanchadas ao Cinema de Invenção, do Cinema Silencioso até a Retomada, a RUA busca por textos que comentem acerca dos diferentes estilos cinematográficos que permeiam a arte cinematográfica brasileira, mantendo a mesma viva, ainda que dentro de uma precariedade inabalável. O cinema brasileiro resiste dentro de sua impossibilidade, existindo à beira da morte, porém, as formas de nosso audiovisual se apropriam da precariedade para prevalecer refletindo a situação do Brasil. Dessa forma, torna-se aqui exposta a abertura da revista para novas submissões, desde que se encaixem na presente proposta: um artigo, ensaio, crítica e/ou afins contendo em sua completude máxima algo em torno de 15 páginas, dentro do tema proposto para a atual edição da revista e que se encaixe nas regras listadas abaixo, tendo como prazo máximo para envio a data 30/09/2021. O texto, quando finalizado, deverá ser enviado para o e-mail rua-ccis@ufscar.br, e após um processo de seleção, uma resposta será enviada ao remetente, evidenciando a situação atual de seu texto, isto é, se será ou não publicado.

Atenciosamente, a editoria da RUA.

Orson Welles em sua viagem ao Brasil

Abaixo, algumas normas a serem seguidas antes de submeter uma produção textual para análise:

TÍTULO
Artigo/Ensaio: Livre
Crítica: “Nome do filme (Ano), Diretor”
Exemplo: “A Flauta Mágica (1975), de Ingmar Bergman”

OLHO
Por volta de 20 a 30 palavras, no máximo, descrevendo a ideia central do texto.
Exemplo: “Em um filme-ópera, Ingmar Bergman mistura linguagens para representar a ascensão da burguesia e a queda da aristocracia.”

FONTE E FORMATAÇÃO
Times New Roman, tamanho 12, espaçamento 1,5.

CITAÇÃO DE FILMES, SÉRIES E LIVROS
Itálico, acompanhado do ano de publicação e, em caso de livro, acompanhado do diretor/autor (necessário apenas na primeira aparição)
Exemplo: “Scarface (1983), de Brian De Palma, é um longa-metragem frontal em todos os sentidos.”

REFERÊNCIAS
Colocá-las ao fim do texto, seguindo normas ABNT.