Media according to Mafalda
Juliana Bulhões Alberto Dantas[1]
Diolene Borges Machado[2]
Euzébia Maria de Pontes Targino Muniz[3]
Marcelo Bolshaw Gomes[4]
RESUMO
O artigo almeja discorrer sobre o possível uso das tirinhas da personagem Mafalda, do cartunista Quino, em ambiente escolar. A hipótese desenvolvida é a de que as tirinhas podem ser uma prática educomunicacional com o objetivo de atuar na construção do pensamento crítico de jovens provindos do Ensino Médio brasileiro.
PALAVRAS-CHAVE: Mafalda. Educomunicação. Crítica à mídia. Tirinhas. Educação.
ABSTRACT
The article aims to discuss the possible use of the character Mafalda comic strip, the cartoonist Quino in the school environment. The hypothesis is that the strips can be a practice educomunicacional aiming to emphasize critical thinking in adolescents and young secondary education in Brazil.
KEYWORDS: Mafalda. Educommunication. Critical to the media. Comic Strips. Education.
1 INTRODUÇÃO
A personagem Mafalda foi criada pelo cartunista argentino Quino, na década de 60. Inicialmente, a veiculação dos quadrinhos era feita visando fins comerciais, no entanto, a representatividade junto a assuntos políticos, econômicos e sociais polêmicos fizeram da personagem um ícone. A maioria das tirinhas da personagem traz na narrativa discussões sobre problemas mundiais, visões diferenciadas sobre as questões da ONU, de Cuba e do desenvolvimento econômico mundial; além da influência dos meios de comunicação na sociedade contemporânea. Temas polêmicos e de interesse públicos que fazem com que estas tirinhas alcancem públicos de 0 a 100 anos de idade, segundo o próprio criador da personagem.
Umberto Eco (2003) coloca que “Mafalda é uma heroína dos anos 60 que recusa o mundo tal como ele é”. Apesar dos temas colocados por Mafalda serem característicos da época em que foi criada, a cada ano percebe-se que os assuntos apresentados pela personagem estão sempre atuais, ganhando cada vez mais notoriedade e relevância no cenário mundial.
Engraçadas, irônicas e provocativas. As histórias em quadrinho seduzem os leitores de diferentes idades e classes sociais para suas temáticas. Quase sempre a inspiração dos quadrinhos emerge da sociedade, das mazelas do ser humano, como no caso dos quadrinhos da Mafalda, a personagem que virou símbolo da década de sessenta e cuja temática ainda não “saiu da moda” (SILVA apud BARAÚNA et al 2011).
E isso é possível a partir do entendimento da narrativa dos quadrinhos que, a partir da visão e do conhecimento acerca da época em que foi criada, dos assuntos que uma menina de seis anos já questionava e de como as questões abordadas ainda são visíveis após mais de 50 anos de história.
As tirinhas podem ser utilizadas para diversos fins de análise, com uso na educação, na política, na família e também na mídia. O recorte dado neste artigo destaca o caráter educativo a partir da representatividade crítica da mídia observada em diversas tirinhas.
Os procedimentos metodológicos adotados foram de pesquisa bibliográfica acerca de assuntos inerentes aos conceitos de Arte Sequencial, histórias em quadrinhos e mídia, bem como a utilização de método exploratório para identificar nas tirinhas de Mafalda com elementos narrativos que apresentassem críticas a mídia, os aspectos educativos propostos na idealização do artigo.
As tirinhas de Mafalda foram destacadas para essa análise, por sintetizar objetivamente, visões críticas acerca dos meios de comunicação de massa e da mídia como um todo, de modo que crianças e adolescentes que têm acesso às obras das personagens em livros – principalmente de Geografia do Ensino Médio, tenham a oportunidade de tecer reflexões acerca desta questão.
2 GÊNEROS DAS HQS: TIRINHAS
Aspectos referentes aos gêneros das histórias em quadrinhos e suas nomeações – tiras, charges, comics, dentre outros – são questões bastante discutidas quando se refere a esses tipos de elementos narrativos. Para Cirne (1975, 2005) quadrinhos são quadrinhos, com linguagem autônoma e com possibilidades próprias de mecanismos para representar os elementos narrativos.
Braga Junior (2012, p. 16) coloca que “as histórias em quadrinhos são produções midiáticas vinculadas ao mundo do entretenimento e da expressão artística. São publicações impressas ou digitalizadas, que narram, através de uma sequência de imagens desenhadas, situações das mais diversas”.
Os quadrinhos, independente de seu caráter discursivo, apresentam uma estrutura narrativa com episódios cômicos, sejam eles reais ou ficcionais. Assim, para Barbieri (1998), os quadrinhos dialogam com recursos da ilustração, da caricatura, da pintura, da fotografia, da gráfica, da música e da poesia (trabalhadas por ele de forma integrada), da narrativa, do teatro e do cinema.
Referindo-se à formatação e ao desenvolvimento da estrutura narrativa dos quadrinhos, Braga Junior (2012, p. 20) coloca que o “fazer quadrinhos” manifesta-se a partir dos princípios de como são enquadrados e representados, “como o olhar é guiado e como se desenvolve a importância do que é visto pelo expectador”.
E dessa forma, observa-se que a utilização de quadrinhos pode ser empregada tanto para fins de entretenimento como, principalmente, para fins educativos. Os aspectos educativos existentes nas histórias em quadrinhos são questões notórias e de discussões que serão apresentados no próximo tópico.
3 HQS COMO FERRAMENTA EDUCOMUNICATIVA
A educação está sempre ligada à comunicação, mesmo que implicitamente; no entanto, é com o estabelecimento de uma nova área de conhecimento, composto pelos dois campos, que se institui de fato um campo de atuação comum, denominado educomunicação.
A educomunicação compreende-se como o conjunto das ações inerentes ao planejamento, implementação e avaliação de processos, programas e produtos destinados a criar e fortalecer ecossistemas comunicativos em espaços educativos presenciais ou virtuais, tais como escolas, centros culturais, emissoras de TV e rádio educativos, centro produtores de materiais educativos analógicos e digitais, centros de coordenação de educação a distância ou e-learning e outros (SOARES apud FOFONCA, s.d., p. 08).
Soares (2000) apresenta a educomunicação como a inter-relação entre comunicação e educação, trabalhando a partir de um substrato comum que é a ação comunicativa no espaço educativo, promovida com o objetivo de produzir e desenvolver ecossistemas comunicativos. O termo ecossistema comunicativo, aqui aplicado à educomunicação, foi criado por Matín-Barbero, inspirado na relação entre inovação tecnológica e humanidade (ANDRADE apud FOFONCA s.d). Soares (2000) alerta para a questão de que esse ecossistema compreende um processo em que a “comunicação se converte no eixo vertebrador dos processos educativos: educar pela comunicação” (SOARES, 2000, p. 21).
A educomunicação surge da necessidade da dinamização do ensino, tornando o aprendizado lúdico e atuando numa construção de conhecimento fluído. Esta une o ato de ensinar as diferentes formas de aprendizado midiático. Nesse sentido, o quadrinho pode ser um importante instrumento educomunicativo, por aliar a construção do conhecimento à criação imagética, associada ao aspecto lúdico que este apresenta.
Braga Júnior (2012, p. 02) define as histórias em quadrinhos como “produções midiáticas vinculadas ao mundo do entretenimento e da expressão artística que narram, através de uma sequência de imagens desenhadas, situações das mais diversas”. Parolisi (2007) complementa, percebendo a história em quadrinho como um
Sistema de comunicação verbo-visual, que conjuga simultaneamente dois códigos distintos: a linguagem imagética e a linguagem escrita. É forma de expressão e de conteúdo tecnológicos, característicos na indústria cultural que faz uso especial da imagem para criar narrativas sequenciais, com o objetivo de relatar histórias dos mais variados gêneros (2007, p. 52-53).
As HQs tanto podem ser o objeto de estudo, quanto o meio de abordagem de diversos assuntos no processo de ensino/aprendizagem. As características que envolvem os quadrinhos retiram do aprendizado o sentido de obrigatoriedade, aproximando os alunos do conteúdo a ser desenvolvido. A necessidade do uso dessa mídia para fins educacionais pode ser percebida a partir da publicação Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996, em que se faz referência ao uso de HQs em sala de aula, aparecendo explicitamente nos Parâmetros Curriculares Nacionais, principalmente nos de língua portuguesa. Ressalta-se ainda que foi com o Programa Nacional Biblioteca nas Escolas (PNBE), a partir de 2006, que os quadrinhos ganharam oficialmente as prateleiras da escola e espaço nos planos de ensino dos professores (BRAGA JÚNIOR, 2012, p. 05-06).
4 CRÍTICA À MÍDIA A PARTIR DA EDUCAÇÃO
Para Caldas (2006), é essencial refletir sobre a qualidade do uso da mídia na sala de aula, seja na utilização dos veículos originais ou das versões próprias para se usar na escola. Para a autora, “aprender sobre o mundo editado pela mídia, a ler além das aparências, a compreender a polifonia presente nos enunciados da narrativa jornalística, não é tarefa fácil, mas desejável para uma leitura crítica da mídia” (CALDAS, 2006, p. 122). A autora também aponta que é necessário discutir-se a responsabilidade social da imprensa e capacitar professores e alunos para entender os sentidos, o significado implícito no discurso da imprensa.
Utilizar a mídia na escola é o primeiro passo para a leitura do mundo. Em contrapartida, é essencial que o exercício cotidiano no uso da mídia na sala de aula não se limite à leitura de jornais, revistas ou dos veículos eletrônicos. Para se ler o mundo a partir dos olhares dos outros, é fundamental que seus leitores aprendam antes a ler o mundo em que vivem, por meio da construção de suas próprias narrativas. Só assim será possível a construção do conhecimento, a transformação do educando em sujeito de sua própria história. A aquisição do pensamento crítico é resultado da inserção e percepção direta do aluno como agente mobilizador na sua realidade (CALDAS, 2006, p. 129).
A visão crítica da mídia pode ser considerada essencial para o desenvolvimento dos cidadãos. Para descobrir até onde vai a obrigação da escola em fornecer suportes e oportunidades para os alunos desenvolverem uma visão crítica é um ponto que tem que ser analisado profundamente para ser entendido. Porém os professores podem atuar neste sentido, fazendo uso de material que favoreça este objetivo, sendo uma boa opção a utilização das tirinhas da Mafalda.
Para Baccega (2003), a escola não pode esquecer-se do “ecossistema comunicativo” no qual os estudantes estão inseridos. “Ou seja, ou a escola colabora para democratizar o acesso permanente a esse ecossistema comunicativo ou continuará a operar no sentido da exclusão, tornando maiores os abismos existentes” (BACCEGA, 2003, apud CALDAS, 2006, p. 120).
5 MAFALDA E A MÍDIA
A modernidade trouxe o homem ao centro do mundo, a palavra ganhou importância fundamental, de forma que esta apenas problematizou a comunicação. Da fala até os aparelhos mais avançados de comunicação, o homem buscou e desenvolveu tecnologias que acelerassem as trocas simbólicas, e as de comunicação evoluem e se tornam ultrapassadas com velocidade e dinamismo, fazendo com que os estudos científicos, por serem meticulosos, não acompanhem tal mudança.
Mouillaud (2002) percebe a noção de dispositivo como aquilo que prepara para o sentido, que envolve o discurso. Os dispositivos existem antes do texto, precedem e comandam sua duração, e dependendo deles o discurso é modificado. Uma mesma informação pode ser dada de diferentes formas, dependendo do meio. Isso justifica a afirmação de Harry Pross (1990), de que meios de comunicação diferentes possuem conceitos de comunicação diferentes.
Essas abordagens sobre a mídia levam a concepção desta como a união de dispositivos, que tanto são dotados de sentido quanto comportam e envolvem outros sentidos, cujo objetivo é proporcionar transporte e trocas simbólicas entre sujeitos. Desta forma, as HQs são mídias que comportam e transportam significados.
É tema recorrente nas tirinhas da Mafalda, situações que retratam aspectos da mídia. Há um grande destaque aos meios de comunicação de massa, especialmente para a televisão. Foram selecionadas cinco tirinhas que abordam estes temas.
Figura 1: O conteúdo e a recepção
Na figura 1, fica claro o posicionamento de Mafalda sobre o que está sendo noticiado. Na tira evidencia-se uma crítica à forma pela qual as informações são repassadas nos meios de comunicação. Os elementos narrativos da tirinha apresentam uma deturpação do conteúdo com a intenção de induzir o receptor. Como a personagem é uma criança de seis anos de idade, é possível que favoreça a identificação dos estudantes que têm acesso à obra, já que podem presumir que também têm a chance de desenvolver uma opinião diferenciada acerca da mídia.
Figura 2: Mafalda, mídia e consumismo
Mafalda aponta, na figura 2, uma reflexão acerca do lugar do sujeito no mundo, oriundo da reflexão de uma propaganda televisiva. A partir de análise do que está sendo transmitido pela televisão, a personagem depreende a mensagem que pode estar por trás da veiculada, que pode indiciar o consumismo.
Figura 3: Crítica às novelas
Na figura 3, Mafalda tece uma clara crítica às novelas. O pensamento comum pode ser de que as novelas retratam a realidade, no caso do nosso país, do povo brasileiro. Porém esta tira pode levar a pensar que ela, no lugar de representar, caricaturiza ou deforma a visão da população quanto a si própria.
Figura 4: Crítica ao conteúdo
A tira representa uma visão já formada acerca da mídia televisiva. Na figura, a TV está desligada, porém Mafalda, habituada com a má qualidade dos programas televisivos, de imediato já empreende uma crítica direta ao “aparelho”. Sua criticidade exacerbada leva a pensar que Mafalda já tem uma opinião formada sobre a mídia, o que pode levar quem lê a repensar até o exagero nas críticas.
Figura 5: Crítica à mídia impressa
Na figura 5, Mafalda e seu amigo debatem acerca do jornal impresso. O diálogo leva a crer que a personagem foi pega de surpresa pelo seu amigo, que aparentemente teve uma visão ainda mais crítica do que a dela. Isto pode mostrar ao adolescente que lê a tira que as opiniões são passíveis a mudanças, não estão totalmente fechadas e finalizadas.
Em todas as tiras apresentadas é possível ver que Mafalda mantém uma linearidade quanto à crítica à mídia, tanto à televisão, à publicidade, ao jornal impresso, ao gênero de telenovelas e a tantas outras mídias apresentadas nas demais tirinhas que aqui não foram abordadas. Sua postura crítica com relação à mídia pode ser tomada como exemplo por diversos jovens, o que pode em muito auxiliar na educação deles.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por se tratar de uma arte sequencial acessível aos jovens e adolescentes, com linguagem objetiva e clareza no discurso, as tirinhas da personagem Mafalda cumprem facilmente o papel de mostrar que a prática educomunicacional por meio das tirinhas é possível, e já pode ser considerada uma opção no âmbito escolar.
As histórias em quadrinhos podem ser uma ferramenta aliada no processo de ensino/aprendizagem, especialmente no que se refere ao desenvolvimento de uma visão crítica acerca da mídia e respectivamente acerca do mundo. As tiras de Mafalda explicitam tal criticidade, e podem servir para que o professor atinja seu objetivo, em sala de aula: ajudar os estudantes no preparo ao exercício cidadão.
REFERÊNCIAS
BARAÚNA, Caren; CORREA, Gilmar; AZEVEDO, Luiza Elayne. Projeto Clube da Mafalda: Repensando as práticas midiáticas e sociais. XVII Prêmio Expocom, Intercom, 2011.
BARBIERI, Daniele. Los Lenguajes del Cómic. Barcelona, Buenos Aires e México: Ediciones
Paidós Ibérica, 1998.
BRAGA JÚNIOR, Amaro Xavier. Quadrinhos independentes: usando imagens para contar muito mais que história. História, imagem e narrativas, n. 14, abril 2012.
CALDAS, Graça. Mídia, escola e leitura crítica do mundo. Educ. Soc., Campinas, v. 27, n. 94, p. 117-130, jan./abr. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v27n94/a06v27n94.pdf>. Acesso em 5 jun 2012.
CIRNE, Moacy. A escrita dos quadrinhos. Natal: Sebo Vermelho, 2005.
CIRNE, Moacy. Linguagem dos Quadrinhos: o Universo Estrutural de Ziraldo e Maurício de Souza. Petrópolis: Vozes, 1975.
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MOUILLAUD, Maurice. Da forma ao sentido. In: PORTO, Sérgio D.; MOUILLAUD, Maurice (orgs.). O jornal: da forma ao sentido. Brasília: UNB, 2002, p. 29-35.
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PAROLISI, Cláudia Mara Piloto da Silva. Dos Quadrinhos aos “Quadrões” – Educomunicação e Semiótica: Uma Proposta de Leitura Verbo-Visual a Serviço Do Multiletramento. 2007. Disponível em <http://www.anj.org.br/jornaleeducacao/biblioteca/monografias-dissertacoes-e-teses/Educomunicacao%20e%20Seminotica.pdf>. Acesso em: 7 jun 2012.
PROSS, Harry. La clasificación de los medios. In: PROSS, Harry; BETH, Hanno. Introdución a la ciencia de la comunicación. Barcelona: Anthropos, 1990, p. 158-178.
QUINO. Toda Mafalda. 2. Ed. São Paulo: Marins Fontes, 2010.
RAMA, Angela; VERGUEIRO, Waldomiro. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 3ed. São Paulo: Contexto, 2006.
SOARES, Ismar de Oliveira. Educomunicaçao: Um Campo de Mediações. 2000. Disponível em: <http://200.144.189.42/ojs/index.php/comeduc/article/viewFile/4147/3888>. Acesso em: 8 jun 2012.
[1] Mestranda em Estudos da Mídia pela UFRN (PPGEM/UFRN), email: julianabulhoes.ad@gmail.com
[2] Mestranda em Estudos da Mídia pela UFRN (PPGEM/UFRN), email: diolenemachado@hotmail.com
[3] Mestranda em Estudos da Mídia pela UFRN (PPGEM/UFRN), email: euzebia@bczm.ufrn.br
[4]Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Mídia (PPGEM/UFRN), email: marcelobolshaw@ufrnet.br
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