*Por Murillo Guedes Manalischi
Teve inicio a SEIS.14, segunda-feira (07/04) , evento já tradicional realizado por alunos do curso de Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos.
O dia começou com a primeira parte da palestra do Prof.Dr. Pedro Maciel sobre propostas de reflexão sobre o trabalho do ator, começando ás 14hs, e logo em seguida, ás 17hs o chá da SeIS, com os professores doutores Jorge Leite e Rodrigo Gerace falando e abordando um pouco sobre o tema: sexo e cinema – existem limites entre cinema e pornografia?.Mas, se tratando da abertura, a SEIS.14 teve seu inicio oficial ás 19hs na mostra de curtas.
Com um publico de cerca de cem pessoas. A abertura da IV Mostra de curtas metragens foi realizada pela professora coordenadora da Seis14 Luciana Sá, que parabenizou a equipe de produção do evento pelo esforço em realizar a semana, que está com uma programação repleta de possibilidades, e com um enorme conteúdo teórico e prático sobre as questões da utilização do corpo como obra de arte. A IV Mostra na sessão de abertura, contou com treze obras audiovisuais dos diversos cantos do Brasil e do exterior. O objetivo da curadoria foi criar um panorama que pudesse conter as mais variadas obras audiovisuais, passando por: video experimental; animação; video dança, web série e ficções,todas abordando cada qual com seu propósito “ O Corpo no audiovisual ”.
Os curtas exibidos, respectivamente, foram:
Pássaros de Lapin – que busca explorar um pouco do nosso imaginário misturando a forma humana e o animal, um pássaro;
Sopros quase indecífraveis de Rebeca Domiciano – aborda os anseios, conflitos, imaginação e medos de uma menina que possui incertezas quanto a seus desejos sexuais;
Elegbe de Guilermo Zabaletto – com um viés experimental, exibiu uma espécie de “Ritual do Corpo”;
Balão Selvagem de Marina Kerber – com estilo destoante e surreal, relata sobre fatos e acontecimentos, ações e reações humanas;
Volga ou Tudo ao redor é colorido e se desbota de Guilherme Farkas e Eduardo Brandão – Traz a reflexão sobre os espaços dominados pelas propagandas politicas que impedem os corpos humanos de transitarem;
Sistema digestório de Simon Pedro Brethé – teve como intuito mostrar, de forma divertida, o caminho que os alimentos percorrem dentro de nosso corpo;
Warten, a espera de Mariane Custódio – mostra o corpo em movimento de forma a transmitir palavras e sentimentos em forma de dança.
Um estranho ninho de Matheus Heinz – de forma pitoresca, mostrou e entrepôs pontos da sociedade patriarcal que inibem a criação de um bebê por pessoas não heterossexuais.
Trip 1 campo de Márcia Beatriz Granero – de forma simples e conexa o curta passa pela imaginação de um personagem que tem seu corpo em um lugar que não é o seu.
Salto 42 de Jéssica Agostinho e Fernanda Salles – exalando técnica e confiança a web série demonstrou um episódio na vida de drag queens e seus dramas pessoais.
Bruma de Daniel de Boni e Luiz Fernando Wiliam – demonstra o imaginário da percepção subjetiva e extra sensorial de alguem que dorme e se sente com frio.
[Des] Conectada de Victor Vinicius e Murilo Carvalho – documentando a vida de uma personagem, a obra mostra como a ausência dos dispositivos tecnológicos nos permitem ter outros hábitos.
Incarnar do Coletivo Axonial – de forma bem critica e engajada nos propõem “incarnar” em outros corpos.
A coordenadora Luciana Sá enfatiza, também, sobre a participação das pessoas nas oficinas, palestras e nas exibições que ocorrerão no decorrer da semana. Em especial na exibição do Filme: TATUAGEM de Hilton Lacerda que ocorrerá na quarta feira (09/04), e que contará com a presença do diretor para debate após o termino da sessão.
Confira a programação: SeIS.14: O Corpo no Audiovisual
Mais Fotos – Por Lara Cosan
Resumo do Dia:
*Murillo Guedes Manalischi é graduando do curso de Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos