EDITORIAL SETEMBRO DE 2013

Vivemos em uma sociedade regida por valores heteronormativos. Questões relacionadas a Gênero e Sexualidade vêm ganhando espaço para discussões e reflexões na esfera pública, porém, ainda longe do ideal, tais assuntos são por muitos visualizados através de um pensamento herdado da cultura social que segue um segmento machista.

Presos a ideias ultrapassadas, onde papéis sociais são delimitados ao ser masculino e ao feminino, certos comportamentos e atitudes são preestabelecidas, e manifestações de autoexpressão que fujam a normalidade desses padrões se tornam um confronto aos “velhos e bons costumes” sendo tratadas como anormalidades.

Dessa forma, elabora-se um tabu a cerca do assunto, onde a desconstrução da sexualidade e do comportamento humano prescritos encontra dificuldades não só de aceitação, mas também de uma melhor compreensão dos elementos integrantes das causas LGBT e Feminista.

Opção ou orientação sexual? Travesti é o mesmo que Transexual? O homem é superior a mulher? Homossexualidade ou Homossexualismo? Machismo é coisa de homem, e feminismo de mulher? Questões como estas, são delineadas e suas respostas, muitas vezes, de forma imperceptível aos nossos olhos, produzem asserções equivocadas.

Buscando desfazer os pensamentos patriarcais enraizados que cercam o sexo, a sexualidade e o gênero, estudos formulam teorias que tentam desmistificar o processo de construção da identidade sexual e de gênero. Estudos Feministas, de Gênero, sobre Gays, Lésbicas, acerca da Comunidade Trans e a Teoria Queer, são campos teóricos que buscam evidenciar a normalidade de ações e comportamentos dos pertencentes a esses grupos.

O audiovisual, como forma de propagação de ideologia, também vem sendo usado como ferramenta de conscientização, expressando e representando diversos aspectos, sutis ou diretos, das reverberações geradas pelas discussões acerca do assunto, mesmo que em muitos casos não se tenha atingindo, ainda, uma plenitude considerável que corresponda a realidade vivida pelos protagonistas dessas lutas sociais.

Portanto, já que a vida é toda cheia de sexo, sexualidade e identidade, a RUA em sua linha editorial do mês de Setembro propõe uma discussão e uma reflexão sobre Gênero e Sexualidade em suas seções. Uma pequena amostra de uma produção que tenta eliminar as amarras sociais engendradas nas práticas de liberdade, das vontades e do desejo humano.

 

Nayton Barbosa

Editor Geral

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