Paulínia Festival de Cinema 2010

Flyer do festival.

O Festival de Paulínia teve sua terceira edição em Julho, entre os dias 18 e 22 do mês, com diversas exibições de longas, curtas e documentários, totalizando vinte e cinco sessões. É importante ressaltar que a maioria do material apresentado teve no festival a sua primeira exibição, sendo poucos os casos de filmes já vistos por alguma audiência (como “5x Favela”), um diferencial interessante por ser capaz de agregar grande valor a uma iniciativa ainda em seus primeiros anos. O orçamento destinado a realização do evento foi de aproximadamente R$ 3 milhões, uma cifra bastante generosa quando comparada a outras festivais nacionais do gênero. Surpreende também a premiação, cerca de R$ 650 mil, em diversas categorias, destaque de Paulínia desde o primeiro ano de evento.

O município apresenta um dos PIBs mais elevados do Brasil, R$ 6.416.467, e uma população de aproximadamente 70 mil habitantes. É visível a expoente quantia de capital para aplicação pública de recursos em realizações tais como o Festival, os dados acima atestam esta riqueza e fazem do luxo e abundancia marcas pessoais do evento.

Foto de uma das sessões

Na cobertura do I Festival de Paulínia pude constatar pessoalmente a enorme quantia de verba utilizada na construção de infra-estrutura, adequada a padrões internacionais, para as exibições (o Teatro municipal que sedia o evento teve gastos na ordem de R$ 53 milhões, buscando aproximar seu projeto ao do Kodak Theatre, o mesmo que sedia a noite do Oscar hollywoodiano), assim como no cuidado em selecionar fatores que impulsionariam a promoção do projeto (tais como o pagamento a celebridades nacionais de grande renome para a apresentação das sessões). O que foi observado desde esta primeira edição é a continuidade da aplicação de capital no evento, um remédio àqueles preocupados então (em 2008) com um possível corte e encerramento do projeto cinematográfico da cidade.

Estive apenas em uma das sessões do Festival (para acompanhar o filme Cabeça a Prêmio do estreante Marco Ricca) e pude acompanhar que o público local participou ativamente das exibições (que são gratuitas e abertas), ao menos neste dia. Também ficou evidente que a fórmula do festival ainda é a mesma, aparentemente todo o seu funcionamento permanece similar ao de 2008, o que de certa forma frustrou expectativas do público presente (a quem foi a sessões havia apenas painéis de votação e estantes de livros a venda, assim como uma cantina no andar inferior do Teatro, alguns folders também, mas nada de criativo ou novo, capaz de promover o evento e entreter o público presente). Um dos diferenciais para este ano foi a extensa quantia de Workshops e Palestras realizadas junto ao Festival, um marco positivo em sua proposta, abrigando diversos estudantes de audiovisual, profissionais e interessados pelo segmento fílmico, uma idéia que poderia ser aprimorada e ampliada para uma futura edição, aplicando assim maior personalidade e identidade própria ao evento. Vale ressaltar que não é uma visão ideal do Festival, afinal, como mencionei, estive apenas um dia neste, não sendo este curto período de tempo apto a me dar a noção exata do que ocorreu.

Marcelo Serrado, ganhador do prêmio de melhor ator

Dentre os 25 filmes exibidos (doze longas e treze curtas), o grande destaque foi “5x Favela”, premiado por sete vences no Festival, consagrando-se o grande vencedor. O melhor longo-metragem foi Bróder, de Jefferson De e o melhor curta-metragem “Eu não quero voltar sozinho”, de Daniel Ribeiro.  Abaixo maiores informações sobre o evento, tais como a lista dos premiados:

http://www.culturapaulinia.com.br/

http://noticias.r7.com/blogs/rubens-ewald-filho/2010/07/15/iii-festival-de-paulinia/

http://cinema.uol.com.br/ultnot/2010/07/14/paulinia-festival-de-cinema-chega-a-3-edicao-com-maior-premiacao-em-dinheiro-do-pais.jhtm

http://www.google.com/search?hl=en&q=III+festival+de+Paulinia+premiados

Pedro Marcondes é bacharelando em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

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