8ª Semana de Imagem e Som (SeIS.8)

Vinheta da Seis8:

Entrevista e Cobertura da SEIS8:

(Cobertura gentilmente cedida por Karina Fischer – Tv Nova)

SeIS.8, oito de oitava, um polvo das pernas que temos e que não temos.

Durante os dias 8 a 12 de setembro ocorreu a Oitava edição da Semana da Imagem e Som na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) com o tema “As novas tecnologias e iniciativas de produção e distribuição de audiovisual”. Semana que está em sua oitava edição, sendo a primeira realizada em 1998.

A SeIS é indefinível, porque não é, se torna. Torna-se porque alguém escreve seu projeto antes de muita coisa acontecer, antes de saber quem vai organizá-la, quais serão as demandas da época em que ela ocorre, o tamanho que ela poderá ter. Como um evento de alunos, ela se renova a cada edição. Eu passei por três SeIS e foram eventos completamente diferentes em tudo, sendo uma oportunidade para parar com a grade curricular e pensar no curso, mais precisamente no que queremos do curso e no que podemos com ele.

Comecei citando o polvo, identidade visual desta edição pela relação com o número 8 e porque seus braços remetem às novas mídias, e volto a ele. O curso Imagem e Som evoluiu muito desde 98, data da SeIS inaugural. Hoje, estamos em Contato com vários setores da Universidade e de São Carlos. Temos diálogo aberto com a CCS, o CineSãoRoque, o CineUFSCar, o LABi, a Rádio UFSCar, a TV UFSCar, com produtoras da cidade. Essas parcerias permitem maior solidez ao evento, ampliam as possibilidades de estrutura e de discussão. Assim como a RUA abre esse espaço de reflexão e divulgação, essas outras siglas citadas viabilizam iniciativas e inspiram abordagens do tema.

Além dessas pernas parceiras há muita vontade. A Semana é organizada por alunos divididos entre suas obrigações curriculares e outras atividades extracurriculares. Graduandos com pouca ou nenhuma experiência de organização de eventos, de produção que se arriscam, que aprendem, que se dedicam. Isso é muito bom, um dos objetivos da realização da SeIS é mesmo possibilitar essa experiência, ser um estágio, um aprendizado. Também é muito lindo a equipe evoluir, crescer, aprender e chegar à semana do evento muito mais rica, confiante, estruturada

Por outro lado, há as pernas que não temos. Não ser uma equipe profissional faz com que haja alguns obstáculos a mais. Além disso, mesmo com grande dedicação, um grupo pequeno de alunos tem pouca força de persuasão para negociações internas, como por exemplo, haver ou não aulas durante a Semana. Além de que, sendo um grupo pequeno, fica mais difícil para o evento refletir as necessidades reais do curso.

A SeIS.8 foi marcada por uma decepção para a equipe organizadora: falta de público. Não foi a primeira vez que aconteceu, mas sempre que ocorre esperamos que seja a última. Claro que houve algumas falhas na divulgação, como demora no fechamento das informações oficiais e impressão dos cartazes e ausência de divulgação prévia ao logo do ano (erro gravíssimo), mas ficou um questionamento sobre a função da SeIS. Um questionamento existencial. Será que o curso precisa da SeIS? Será que a comunidade precisa da SeIS? Será que a SeIS deve continuar existindo?

Na Plenária final que contou quase apenas com os membros da organização, como a maioria das outras atividades, dissemos que sim. Que a SeIS é necessária e que deve continuar. Que a falta de público pode ter sido um momento do curso, que a divulgação precisa melhorar e a SeIS.9 já se iniciou questionando-se como evento e propondo mudanças estruturais.

Acredito que a experiência adquirida na organização das nossas Semanas não possa ser uma tarefa individual apenas, tem que ser refletida no grupo. A organização de uma SeIS tem como responsabilidade não só fazer a próxima edição ser aprimorada, estando ou não envolvida diretamente, mas transmitir
o aprendizado para os outros alunos que não participaram da equipe, de forma que ela seja uma experiência coletiva não só nas atividades promovidas, mas em seu todo, como parte do curso de Imagem e Som. Diferentemente das Semanas dos outros cursos (na UFSCar cada curso tem a sua, comumente organizada pelo Centro Acadêmico, o que não é regra na Imagem e Som), o processo de produção do evento está diretamente ligado ao curso e às atividades profissionais que ele permite, sendo assim não só o conteúdo da programação é importante, mas também os seus bastidores são conteúdo relevante para o curso.

Verônica Ramalho é graduanda em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e membro da Comissão Organizadora da SeIS.8.

Maiores informações sobre a SEIS8:

http://www.seis8.tk/

Maiores informações sobre as edições anteriores da SEIS:

http://www.ies.ufscar.br/seis/

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