“Beleza Americana”: desconstrução ou reafirmação do American Way of Life?

Raphael Moroz Teixeira*

RESUMO

O presente artigo consiste em uma análise do filme Beleza Americana (American Beauty) – que foi dirigido pelo inglês Sam Mendes e lançado em 1999 -, a partir dos preceitos do american way of life. Esta produção cinematográfica é o retrato de um homem de meia idade, Lester Burnham, que começa a rever sua vida. Cansado da rotina a que se submete, ele resolve mudar de atitude e romper com determinados princípios da moral norte-americana. Dessa maneira, o objetivo do trabalho é verificar se Beleza Americana desconstrói ou reafirma os preceitos dessa moral, que passou a dominar a cinematografia dos Estados Unidos a partir da criação do Código Hays.

INTRODUÇÃO

Nos Estados Unidos, o cinema como aparelho de difusão de valores e pensamentos passou a ser empregado na década de 1910, através de David Griffith. Naquela época, o cineasta transmitia os preceitos da sociedade dominante, negando, dessa forma, a cultura proveniente das camadas de baixas condições financeiras. A pesquisadora Flávia Cesarino Costa (1995) avalia que, através dessa tendência, o cinema estava, então, condicionado a um modo de vida puritano e moralista.

Quase 90 anos depois, Beleza Americana, do diretor inglês Sam Mendes, foi lançado como uma crítica a todos esses preceitos morais – conhecidos popularmente como o american way of life – que, durante vários anos, esteve presente nas produções hollywoodianas.

O presente artigo propõe, então, uma análise do filme referido com o intuito de averiguar de que maneira os valores do american way of life são desconstruídos. Além disso, pretende-se verificar se, apesar dessas desconstruções, Beleza Americana reafirma, de certa maneira, os preceitos da moral norte-americana.

A RELAÇÃO ENTRE MORAL NORTE-AMERICANA E CINEMA

AMERICAN WAY OF LIFE: UMA NOVA FORMA DE IMPERIALISMO

Com a divisão do mundo entre duas grandes potências após o final da Segunda Guerra Mundial, o comportamento das nações conquistadoras em relação às conquistadas foi completamente redesenhado. Diferentemente do que havia acontecido com a Alemanha na Primeira Guerra, os países vencidos – Itália e Japão – não precisavam mais pagar um preço humilhante. Muito pelo contrário, depois de 1945, foram alvos de planos de recuperação devido aos resultados desastrosos do conflito (LERNER, 2003). Com isso, inaugurava-se uma nova forma de imperialismo, não mais caracterizada por uma agressiva ocupação física das nações derrotadas pelas vitoriosas e, sim, por uma ocupação de influência – menos onerosa e muito mais eficaz e duradoura (ibid.).

Nesse contexto, a cultura norte-americana – disseminada ao redor do mundo através do american way of life – seria “uma arma tão poderosa como fora, nos meses de combate, seu exército e as duas bombas atômicas lançadas contra Hiroshima e Nagasaki” (LERNER, 2003, p. 35). Dessa forma, o cinema foi apontado como um mecanismo apropriado para transmitir mundialmente os valores dos Estados Unidos.

É o que reitera Gonçalves, ao afirmar que:

Durante o século XX, o American way of life espalhou-se pelos quatro cantos do mundo, sendo adotado, incorporado e adaptado pelas mais diferentes culturas: do Japão ao México, do Leste Europeu ao Brasil. Os meios de comunicação tiveram papel fundamental na disseminação desse modo de vida, apresentando ao mundo suas características e seus procedimentos, de modo sedutor e convincente (GONÇALVES, 2003, p. 1).

Além disso, o mesmo autor acrescenta que foi Hollywood – que aliava o processo de realização de filmes ao capitalismo – a responsável por essa transmissão da cultura estadunidense.

O cinema hollywoodiano tomou para si essa tarefa, de forma enfática, no momento em que consolidou-se como uma indústria sólida, produtora de filmes no processo de linha de montagem. Isso ocorreu, de maneira contundente e definitiva, na década de 1930. Foi nesse período que o perfil industrial da produção hollywoodiana se delineou de modo claro e incontestável, com seus alicerces fincados em um tripé constituído por um modo de produção estabelecido para a feitura de filmes (o sistema de estúdio) – que adequava o processo de realização de filmes a uma perspectiva capitalista de produção onde a racionalidade e o planejamento eram empregados para que o produto final, o filme, satisfizesse o objetivo de seus produtores […] (ibid, p. 1).

Dessa maneira, a população mundial passava a entrar em contato com a ideologia dominante por meio da narrativa clássica, um modelo de cinema que Hollywood desenvolveu para transmitir seus ideais e valores (GONÇALVES, 2003).

A MORALIZAÇÃO DO CINEMA NORTE-AMERICANO

Apesar de a disseminação da cultura norte-americana ao redor do mundo ter se intensificado somente após a Segunda Guerra Mundial, dentro dos Estados Unidos o cinema como mecanismo de difusão de valores e pensamentos já era empregado desde a década de 1910, quando o cineasta David Wark Griffith[1] optou por transmitir os preceitos de uma sociedade dominante, negando as camadas de baixas condições financeiras. O cinema estava, então, condicionado a um modo de vida puritano e moralista, associado à tentativa de “limpar” os Estados Unidos dos vícios e da criminalidade (COSTA, 1995).

Em relação a esse período, Adriana Cursino (2007) conta que a narrativa essencialmente naturalista começou a dar espaço a filmes que retratavam temas envolvendo o amor e a justiça, ou seja, que traduzissem os valores máximos da cultura norte-americana. É o caso de Intolerância (Intolerance: Love’s Struggle Throughout the Ages, 1916), de David Griffith, que “[…] assemelha-se a uma sinfonia e é um apelo à fraternidade”.

Foi nesse contexto que a censura[2], visando melhorar e moralizar ainda mais as produções através de regras e de repressão institucional, começou a se fortalecer dentro do cinema norte-americano (COSTA, 1995). Em 1930, surgiu, então, o Código Hays[3], um mecanismo criado para firmar um consenso entre a moral religiosa e as necessidades da indústria financeira. Segundo Sklar (1978), esse documento “ia tão longe quanto podia no sentido de expressar o ponto de vista dos bispos católicos sem converter os filmes cinematográficos de entretenimento em teologia popular” (p. 203).

Para que as determinações estabelecidas no Código Hays fossem cumpridas, três anos mais tarde, bispos católicos fundaram um comitê cinematográfico, denominado Legião da Decência. Em 1934, essa organização lançou um documento que solicitava que o público boicotasse filmes que chocavam-se contra a moral dos Estados Unidos, conseguindo o apoio de onze milhões de pessoas através de assinaturas (SKLAR, 1978).

Além disso, de acordo com o mesmo autor, o poder da Legião da Docência aumentou quando a ela foi concedido um instrumento de imposição das decisões da censura – a Administração do Código de Produção. Através desse recurso, os membros da legião estariam livres para aprovar, rejeitar ou censurar as produções hollywoodianas da época. A intenção dessa medida era obrigar os realizadores a seguirem os padrões que já haviam sido estabelecidos no Código Hays.

Com o veto aos filmes que iam contra as determinações da censura – que boicotava, principalmente, as produções que tinham, como eixo central, o sexo e a violência – as salas de cinema começaram a ficar “às moscas”, e os representantes da indústria cinematográfica passaram a se sentir ameaçados com tal impacto (SKLAR, 1978).

Imaginando que isso poderia acontecer, os responsáveis pela elaboração do Código Hays pensaram em uma maneira de fazer com que os temas considerados imorais fossem, de alguma forma, aceitos pela sociedade norte-americana. Isso se deu através do balanceamento entre comportamentos indecentes e atitudes positivas, moralmente aprovadas. Nesse contexto, os maus atos cometidos pelos personagens deveriam ser punidos nos filmes através do castigo ou da regeneração (Ibid.).

O FILME BELEZA AMERICANA SOB A ÓTICA DO AMERICAN WAY OF LIFE

Nos filmes hollywoodianos, o modo norte-americano de viver estava presente nas falas e atitudes dos personagens, bem como na organização da imagem exibida, nos enquadramentos e na montagem (GONÇALVES, 2003).

Em 1999, no entanto, o filme Beleza Americana[4], do cineasta inglês Sam Mendes, foi lançado para ser uma crítica contundente e irônica ao american way of life. Isso porque ele “aborda de maneira bastante interessante diversas questões, entre as quais realidade X a aparência, a denúncia do sonho americano […]” (GOZZER, 2000).

A narrativa gira em torno de Lester Burnham (Kevin Spacey), um homem de meia idade que, de certa forma, já se considera morto. Casado com Carolyn (Annette Bening) – uma corretora de imóveis obcecada pela ideia de projetar sempre uma imagem de sucesso – e pai de uma adolescente típica, Jane, ele é corroído diariamente pelo tédio e pela frustração, vivendo uma vida de aparências. Já na primeira sequência do filme, o protagonista convida o espectador a observá-lo se masturbando durante o banho, momento que o próprio Lester considera ser o ponto alto de seu dia.

Em seguida, é possível visualizar o personagem observando a sua esposa – que está no jardim – através da janela. Nesse momento, ele fala, por pensamento: “Cara, fico exausto só de olhar para ela. Ela não foi sempre assim. Ela era feliz. Nós éramos felizes”. Posteriormente, o espectador é apresentado à Jane (Thora Birch), que está realizando uma busca na internet sobre possibilidades cirúrgicas de aumento de seios. Lester, então, descreve-a: “Jane é uma adolescente típica. Irritada, insegura, confusa”. Logo depois, ele continua: “Queria dizer-lhe que isso passará, mas não quero mentir para ela”. No final do monólogo inicial do protagonista, vê-se Carolyn e Jane esperando Lester no carro. Assim que a primeira pede que o marido se apresse, pois está atrasada, ele começa a andar mais rapidamente em direção ao veículo. Nesse momento, sua mala se abre acidentalmente, e todos os papéis que estavam dentro dela são lançados ao chão. Em seguida, Lester conclui, em pensamento: “Tanto minha esposa como minha filha pensam que sou um perdedor. E estão certas. Eu perdi algo. Não sei exatamente o quê, mas sei que nem sempre me senti tão sedado. Mas sabem de uma coisa? Nunca é tarde para recomeçar”.

A partir desse momento, percebe-se que o protagonista – que está claramente insatisfeito com a sua vida – tenta reverter a situação de maneira irracional. Dentro desse contexto, sua primeira atitude é demitir-se do emprego que considera medíocre. Em seguida, ele se vê completamente apaixonado pela melhor amiga da filha, começa a consumir drogas e malhar, o que caracteriza, segundo Adriana Benedikt (2001), uma redescoberta das maravilhas do mundo adolescente.

Através dessas atitudes, a exaltação à ordem, à racionalidade e ao método, intensamente disseminada pelo american way of life, segundo Maurício Reinaldo Gonçalves (2003), é contradita em Beleza Americana.

Além disso, ao abandonar o emprego que mantinha há 14 anos, Lester rompe com outro princípio da moral norte-americana, a exaltação ao trabalho, que, por sua vez, deve ser “feito com determinação e afinco” (ibid., p. 3). Em sua carta de demissão, o protagonista chega a ridicularizar esse princípio, ao escrever o seguinte trecho: “Meu trabalho consiste em disfarçar meu desprezo pelos babacas no poder e, pelo menos uma vez ao dia, ir ao banheiro me masturbar […]”.

Através de outra personagem – Jane – é possível constatar a desvalorização de um ideal norte-americano que esteve presente em vários filmes: o sucesso material (GONÇALVES, 2003). Depois de um jantar conturbado em família, Carolyn, ao perceber que a filha não dá valor aos bens materiais que possui, fala: “Sua pestinha ingrata! Veja tudo o que você tem! Na sua idade, eu morava num conjugado. E nem era nosso”. Em seguida, sai do quarto de Jane, visivelmente decepcionada. Nesse contexto, a adolescente é, então, o elemento de choque, que vai contra o princípio norte-americano da valorização ao sucesso material.

De acordo com o mesmo autor, “inúmeros filmes dos anos trinta apresentavam uma elaborada decoração de interiores, com móveis modernos e arrojados” (p. 5). Através disso, essas produções cinematográficas faziam alusão a mais um traço do american way of life: o consumismo. Em Beleza Americana, esse elemento é ridicularizado por meio da figura de Lester. Depois de abrir mão do emprego, o personagem, de maneira inconsequente, adquire um veículo Pontiac Firebird 1970. Além disso, ele compra um carro de controle remoto, que utiliza para “brincar” dentro de casa, como se fosse um adolescente.

Em uma cena do filme, Lester, sentado no sofá e segurando uma garrafa de cerveja, tenta beijar Carolyn. Prevendo que ele irá derrubar a bebida no móvel, ela alerta-o. Irritado, ele diz: “E daí? É só um sofá!” Rapidamente, Carolyn rebate: “Esse é um sofá de U$ 4.000,00, estofado em seda italiana. Não é só um sofá!”. Enraivecido, Lester exclama, batendo uma almofada contra o móvel: “É só um sofá! Isso não é vida! São apenas coisas. E são mais importantes para você do que viver. Isso é loucura.” Dessa forma, percebe-se claramente que o protagonista é o elemento que se choca contra o consumismo que predomina na cultura estadunidense, sendo que sua mulher representa a defesa desse princípio, uma espécie de guardiã dos valores norte-americanos.

Nesse contexto, o ponto de vista de Araújo se faz relevante:

A história da família Burnham é a da própria destruição do ideal americano de quem tem uma casa bonita, com uma cozinha ampla, eletrodomésticos, decoração impecável com um sofá de seda italiana, limpa, num bairro bonito, o carro do ano. Uma família assim, aparentemente perfeita, só pode ser feliz. Mas, ali ninguém é feliz, porque no fundo a família inteira é uma falsidade de sentimentos. Na verdade, esta família nem existe mais, ela já ruiu (ARAÚJO, 2006).

Além disso, o próprio título do filme representa a sua essência, pois, se refere a um tipo de rosa chamada “beleza americana”, que a personagem Carolyn, aliás, mantém em seu jardim. De acordo com Araújo (2006), essa flor é muito cultivada nos Estados Unidos, e possui duas características peculiares: não possui cheiro, nem espinhos. “Uma perfeita metáfora sobre o vazio do americano comum”, segundo o autor.

Apesar de atuar como um mecanismo de desconstrução dos ideais do american way of life, o filme, de certa maneira, reafirma esses princípios, fazendo-o através do final trágico de Lester Burnham.

Momentos antes de ser assassinado pelo personagem Coronel Fitts (Chris Cooper), o protagonista observa uma fotografia de sua família, e lembra-se do passado com saudosismo. Em seguida, descobre-se morto, e começa a narrar o segundo que antecedeu o seu assassinato:

Para mim, foi me ver deitado no acampamento de escoteiros olhando as estrelas cadentes, e as flores douradas do bordo, caindo na nossa rua. Ou as mãos da minha avó e como a sua pele parecia um papel […] E Janie. E Janie. E Carolyn. Acho que devia estar puto com o que me aconteceu, mas é difícil ficar zangado quando há tanta beleza no mundo. Às vezes, acho que estou vendo tudo de uma vez, e é demais. Meu coração se enche como um balão, prestes a estourar. E, então, lembro de relaxar e de tentar parar de apegar-me a isso. E então, tudo flui através de mim como chuva, e só posso sentir gratidão por todos os momentos da minha vida idiota (BELEZA AMERICANA, 1999).

Dessa forma, é válida a interpretação de Adriana Benedikt (2001), que afirma que “apenas no final do filme, ao quase realizar seu sonho de ter a adolescente em seus braços e, ao perceber a farsa que a menina representava, é que nosso herói percebe o que vinha buscando até então: sua própria vida” (p. 126).

Morto, Lester, então, aconselha o espectador a não fazer o mesmo que ele. “Aprecie as coisas simples da vida enquanto é tempo, parece nos dizer do além-túmulo” (Ibid., p. 127). Vale ressaltar que, no contexto do filme, o único personagem que tem essa atitude otimista em relação às pequenas felicidades que a vida proporciona é o videomaker Rocky (Wes Bentley), constituindo, portanto, um contraponto à rebeldia de Lester.

Apenas antes de morrer realiza o quanto sua vida passou sem que ele pudesse perceber que viver, talvez, nada mais seja do que apreciar os pequenos momentos de nossa vida em toda a sua simplicidade. Encontrar a beleza no cotidiano, como faz seu vizinho videomaker e seu fornecedor de drogas. Este é o único personagem que aprendeu a exercitar esta faculdade de perceber o grande e belo no simples, como também, talvez por isso mesmo, é o único capaz de amar (BENEDIKT, 2001, p. 126).

Apesar de descobrir a tempo que possuía o necessário para ser feliz – sendo que essa percepção fica clara até mesmo antes do monólogo final de Lester, quando ele, ao olhar para a fotografia de sua família, repete várias vezes que está se sentindo ótimo – o protagonista acaba sendo assassinado. Sendo assim, é possível estabelecer uma relação entre o final trágico de Beleza Americana e o “valor moral compensador”, explicitado pelo Código Hays, que pregava que todos os atos de maldade, cometidos por determinado(s) personagem(ns), deveriam ser neutralizados através de punições (SKLAR, 1978). É o que acontece, portanto, com Lester Burnham, que, através da própria morte, acaba sendo castigado por sua ingratidão e seus atos supostamente imorais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da análise proposta no presente trabalho, é possível concluir que o filme Beleza Americana desconstrói vários preceitos do american way of life – uma coletânea de valores morais disseminados pelo mundo. Isso acontece, principalmente, por meio do protagonista – Lester Burnham – um homem de meia idade que, ao sentir-se insatisfeito com a sua vida, decide mudar radicalmente de atitude.

Dentro desse contexto, ele começa a praticar ações que não condizem com os princípios morais da cultura norte-americana, como abandonar o emprego estável que possuía e usar drogas. Apesar disso, nos momentos finais do filme, Lester descobre que já dispunha do que precisava para ser feliz, e percebe que o que buscava de maneira incessante era a sua própria vida. Repentinamente, ele é, então, assassinado por seu vizinho.

Com essa constatação dentro da narrativa, pode-se concluir que o filme, por mais que se proponha a desconstruir os valores do american way of life, acaba reafirmando-os. Sendo assim, a morte de Lester Burnham pode ser vista como uma forma de castigar o personagem pelos sucessivos atos imorais que ele comete no decorrer do filme.

[1] Griffith nasceu em 1875, tendo ingressado no cinema como ator. Em 1914, realizou o clássico “Nascimento de uma nação”, que teve grande influência na Europa. Através desse filme, ele sedimentou a gramática cinematográfica e proporcionou um novo tipo de estética. Por essa ousadia, Griffith é considerado o realizador que mais influenciou o cinema mundial. (CURSINO, 2007)

2 De acordo com Martini (2007), a censura no cinema dos Estados Unidos teve início nos primórdios do século XX, com um decreto em Chicago, em 1907. Esse documento concedeu ao chefe de polícia da época o poder de vetar os filmes que retratavam temas considerados impróprios e que agrediam a moral norte-americana.

3 Para a elaboração do Código Hays, foram convidados o editor cinematográfico Martin Quigley e o padre jesuíta Daniel Lord (SKLAR, 1978).

4 A produção foi vencedora de cinco prêmios Oscar em 2000 – Melhor filme, melhor ator, melhor diretor, melhor roteiro e melhor fotografia (GOZZER, 2000).

*Raphael Moroz Teixeira é jornalista por formação, divide seu tempo entre a Editora Ibpex, onde prepara e revisa livros didáticos e comerciais, e a sala de aula. Nesta última, é estudante de psicologia. Tem experiência em televisão, rádio e cinema. Foi vencedor do 16º Prêmio Sangue Novo no Jornalismo Paranaense com o livro-reportagem “Algemadas – A trajetória de mães que adoeceram com a dependência química dos filhos”, que escreveu com uma colega ainda na época da faculdade. Além disso, escreve constantemente em seu blog, o “Retratar é viver”. Fala sobre fotografia, cinema e comportamento.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, José Antônio. Beleza americana: o mito do sonho americano. Revista Cógito, Salvador, v. 7, p. 65-69, 2006. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1519-94792006000100010&script=sci_arttext. Acesso em: 10 maio 2011.

BELEZA AMERICANA. Direção de Sam Mendes. Jinks/Cohen Company, 1999: DreamWorks International Distribution L.L.C (117 min.).

BENEDIKT, Adriana. A vida como espetáculo: o trágico contemporâneo. Revista ALCEU, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 119-31, jul./dez. 2001.

COSTA, Flávia Cesarino. O primeiro cinema: espetáculo, narração, domesticação. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 1995. 256 p.

CURSINO, Adriana. A construção da narrativa clássica. 2007. Disponível em: http://www.escoladarcyribeiro.org.br/media/ANarrativaClassica.pdf. Acesso em: 10 maio 2011.

GONÇALVES, Maurício Reinaldo. O American way of life no cinema de Hollywood, na imprensa e na sociedade brasileira dos anos trinta. Estudos Socine de Cinema, Porto Alegre, v. 3, p. 533-545, 2003. Disponível em: http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=1&ved=0CBsQFjAA&url=http%3A%2F%2Fsitemason.vanderbilt.edu%2Ffiles%2Fc5Wqm4%2FGoncalves%2520Mauricio.doc&ei=lrXZTZLmHIHi0QHyqcX8Aw&usg=AFQjCNEO3nsoUMNOqWQa6FJji5fSRp1hHg. Acesso em: 17 maio 2011.

GOZZER, Cláudia Maria França Silva. O imaginário em Beleza Americana. Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 5, p. 39-40, jul. 2000.

LERNER, Jaime. Cinema – Arte, Política e Comunicação. Revista AudioVisual, São Leopoldo, n. 1, p. 35-42, set. 2003.

MARTINI, Elisa Guimarães. A moral dos ressentidos no filme noir: uma análise do filme “A Dama de Shangai”. 2007 81 p. Trabalho de Conclusão de Curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo – Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007.

SKLAR, Robert. História social do cinema americano. São Paulo: Cultrix, 1978. 380 p.

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