Semana de Cinema e Mercado – AIC

Por Virgínia Jangrossi *

Entre os dias 30 de julho e 04 de agosto ocorreu um ciclo de palestras gratuitas na Academia Internacional de Cinema (AIC), a Semana de Cinema e Mercado.

As abordagens foram variadas e abrangeram diversos setores do audiovisual, abordando desde o cinema publicitário até as coproduções internacionais e as novas leis, que, em geral, abrangem não só o cinema, mas também, em especial, a televisão. Além dessa temática, houve palestras sobre o som, a crítica cinematográfica virtual e a evolução da mídia para a digital.

O ciclo de palestras se iniciou com a seguinte temática: ‘Direção de cinema publicitário’ e foi ministrado por Mini Kerti. Durante a palestra, ela retratou as etapas de elaboração de um vídeo publicitário, citando desde as formas de conseguir produzi-lo – partindo de uma concorrência com as demais agências publicitárias – passando pelo processo de administração financeira do vídeo, gravação e/ou compra de imagens até a edição final das imagens.

Créditos: Alessandra Haro. Retirada de http://aicinema.com.br/mini-kerti-cinema-publicitario-passo-a-passo/

Outro tópico tratado durante a semana foi ‘Produtores Independentes e Executivos: nova lei, coproduções internacionais e TV digital’, ministrado por Daniela Pfeiffer e Laura Fazoli. Daniela abordou as novas leis do audiovisual, em especial, a lei 12.485, segundo a qual haverá uma espécie de cota de tela nacional, em horário nobre, nas redes de televisão pagas. Seguido a isso, Laura abordou as produções independentes e coproduções, mesmo as internacionais, que poderão ser inseridas nessas emissoras. Além disso, abordou formas de lidar com produções audiovisuais já finalizadas, sugerindo a inserção delas em festivais, e posteriormente tentar licenciá-las, isto é, vendê-las especificamente para uma emissora ou VOD (Video on Demands). Assim, ela citou uma espécie de feira na qual ocorre compra e venda de materiais audiovisuais, citando que a maior delas é o MIPCOM, que ocorre em Cannes, França.

Dando continuidade à temática de coproduções internacionais, Rodrigo Camargo apresentou dados sobre os países que efetuam parcerias com o Brasil, dentre eles, a Europa conta com o maior número de coprodutores, havendo destaque para Portugal.

Com uma abordagem diferente, seguiu-se o ciclo de palestras com o tema ‘O Som do Cinema: da captação a Master’, com Cláudio Avino e Carlos Paes seguido por ‘A Evolução do Cinema Digital’, ministrada por Reginaldo Veloso. Nessa palestra Veloso trata do preconceito que existia entre a película e o cinema digital. Ele tenta minimizar a polêmica relatando que esse é um caminho sem volta, para tanto, parte do pressuposto de o meio digital é mais econômico e, portanto, mais interessante para os produtores, além de ser mais ecológico. Além disso, alegou que a partir de 2014 as majors norte-americanas não trabalharão mais com películas.

Subsequente a essas palestras, ocorreram palestras sobre ‘Câmeras: Inovações e atualizações do mercado nacional’, com Lúcio Kodato, e sobre “Blogueiros como Críticos e Difusores de Cinema: Uma Nova Linguagem”, ministrada por Juliano Vasconcellos (Blog do JC), Tiago Borbolla (Site Judão) e Daniel Lopes (Blog Pipoca e Nanquim).

* Virgínia Jangrossi é estudante de Imagem e Som na Universidade Federal de São Carlos e editora da RUA.

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