CRÍTICA | A hora do Pesadelo 6, o pesadelo final: a morte de Freddy (1991), Oz Perkins

Por: Yago Morais
Redação RUA

A Hora do Pesadelo 6 (1991), dirigido por Rachel Talalay, não é, de fato, o último filme sobre Freddy Krueger. No entanto, é o filme que, teoricamente, deveria servir para dar um desfecho a história do serial killer da rua Elm Street. A história narra sobre o último sobrevivente dos jovens que foram perseguidos por Krueger, John Doe. Totalmente perdido e sem muitas lembranças, após bater sua cabeça, o jovem vai em busca de informações num abrigo e conhece três jovens, Tracy, Spencer, Carlos e outra personagem importante, Maggie, que tenta ajudá-lo a recuperar sua memória e superar seu medo excessivo de dormir. O enredo do filme entrelaça, assim, a história desses personagens na tentativa de esclarecer o mistério a respeito de uma página de jornal que carrega o sobrenome “Krueger”.

O sexto filme da série busca, então, encerrar a série de terror e assassinatos da Elm Street, contando um pouco sobre as origens de Freddy Krueger, principalmente os motivos que o levaram a ser tão cruel e maligno, bem como de onde vem seu poder. Um dos pontos positivos do filme, e que parece ressoar bem na trama, conta sobre a razão que levou Krueger a ser perseguido e queimado vivo pela vizinhança, momento que dá início a sua busca por vingança. Ao mostrar que sua filha pequena foi a responsável pela motivação popular que resultou na justiça feita com as próprias mãos, a história estabelece, assim, o vínculo fundamental entre Maggie e Krueger. 

A Hora do Pesadelo 6 (1991) almeja dar sentido e desfecho a uma história de um personagem que, embora cause bastante horror, foi muito bem elaborada pela mente brilhante de Wes Craven. Evidentemente, esse filme poderia ter sido bom em diversos aspectos. Contudo, a péssima utilização de efeitos especiais e as cenas cômicas de Krueger não dão ao filme um final feliz, mas fazem dele um verdadeiro pesadelo cinematográfico. Afastando-se definitivamente do terror, Krueger reproduz diversas cenas toscas que parecem ter sido feitas para arrancar risos e não medo dos telespectadores. Rachel Talalay executa, assim, a receita perfeita de como acabar com uma sequência de filmes de terror. O pesadelo final é um pesadelo porque coloca a luva sangrenta de Krueger para jogar videogame, coloca-o para correr atrás de sua vítima fazendo caretas, esquecendo completamente a essência assustadora de alguém capaz de controlar o mundo dos sonhos. 

O sexto filme não mata Freddy Krueger definitivamente, mas prejudica, seguramente, a imagem do personagem, fazendo do famoso suéter rasgado e sujo de sangue, dessa vez, algo marcado pelo cômico.  

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