Eu e a UFF, a UFF e eu
Meu nome é Alexandre e estou finalmente me formando em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É um momento que realmente merece ser comemorado. Devo confessar minha dificuldade em concluir o curso, particularmente em apresentar a monografia de conclusão para a obtenção da titulação. Há dois anos dependo somente da entrega (e da defesa) da monografia para obter o canudo e dar como concluída mais uma etapa em minha vida. Meu filme de realização, como chamamos o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) Cinematográfico na UFF, já foi realizado há exatos três anos.
A razão da demora em entregar a monografia é simples: desde o quinto ou sexto período da faculdade eu trabalho profissionalmente na área. O trabalho (na verdade, “os trabalhos”) toma praticamente todo o meu tempo disponível e até mesmo boa parte do que seria considerado por profissionais de outras áreas como tempo livre. Em conseqüência, o que ocorre é uma drástica diminuição do tempo que eu deveria dedicar à pesquisa para a monografia e uma inversão de prioridades em benefício do trabalho remunerado e das perspectivas profissionais de longo prazo.
Cinema é minha segunda formação universitária. Justamente no momento em que fui aprovado para a UFF, eu me graduava em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Direito foi uma opção razoavelmente óbvia para um jovem de 17 anos que não dispunha de certezas a respeito do futuro profissional, mas que sonhava intensamente com a carreira diplomática. Foi justamente esse sonho que me levou também a estudar inglês, francês, alemão e espanhol ainda na adolescência.
Quando prestei meu primeiro vestibular, optei por Direito nas, a meu ver, cinco melhores universidades que ofereciam o curso no Rio de Janeiro: UFF, UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UNIRIO (Universidade do Rio de Janeiro), UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e PUC-Rio. Não passei, salvo engano, apenas para a UFF, onde decidi não fazer a última fase por já ter notícia da aprovação na UFRJ e da UERJ, que eram minhas escolhas prioritárias.
Acabei optando pela UFRJ, por razões que até hoje desconheço, quando a UERJ era a opção privilegiada pelo mercado e por todos os meus concorrentes. Até hoje o curso de Direito da UERJ recebe grande reconhecimento no Rio. Menos de dois anos depois de feita minha matrícula, acabei me cansando das constantes greves (passei por dois longos períodos de inatividade em curtos dois anos de curso) e da infra-estrutura precária, num edifício que já hospedou o Senado do Império e o Senado Federal. Prestei novamente o vestibular apenas para a PUC-Rio, onde segui até o fim do curso e acabei me formando. Com a necessidade do estágio obrigatório, trabalhei pouco mais de um ano num conceituado escritório de advocacia. Foi o momento em que resolvi mudar de área e dedicar-me ao Cinema.
A razão de explicar o meu descontentamento com a precariedade da UFRJ é o fato de ter encontrado problemas semelhantes ao cursar Cinema. A UFF é uma escolha óbvia para quem deseja cursar Cinema no Rio de Janeiro. Felizmente, passar no vestibular mais uma vez não foi um problema. A nova entrada numa faculdade pública trouxe à mente algumas lembranças desagradáveis em relação à questões de infra-estrutura, que infelizmente acompanham as universidades públicas no Brasil. Particularmente numa faculdade de Cinema, em que necessitamos de equipamentos de gravação, de edição, estúdios e acessórios diversos, quando a infra-estrutura não se encontra disponível a própria formação na área é totalmente prejudicada.
As faculdades públicas, por outro lado, compensam as deficiências estruturais com a capacidade de atrair bons alunos. Encontrei na UFF colegas com quem ao longo do curso pude desenvolver forte amizade e colaborações profissionais para além da vida no campus. O mesmo pode ser dito em relação a alguns dos professores. Na UFF encontrei mestres que souberam aliar competência no exercício do magistério e simpatia no trato com os alunos. Ao lado deles, no entanto, havia também gente desinteressada e com conhecimentos e didática ultrapassados. O grande desafio de um corpo docente é saber se oxigenar e permitir a passagem de bastão para as novas gerações. Numa faculdade pública isso é sempre um pouco mais complicado em função das regras estatutárias.
A grade curricular do curso de Cinema da UFF sempre esteve muito atrelada ao curso de Comunicação Social. Em virtude das exigências do Ministério da Educação, até pouco tempo atrás o curso era apenas uma das três habilitações de Comunicação Social, ao lado de Jornalismo e Publicidade. Essa situação causava alguns problemas fundamentais: todas as discussões sobre nossas dificuldades entravam num jogo de forças em que disputávamos verbas com habilitações cuja dependência de equipamentos e funcionários técnicos não era tão grande como a nossa; nossas disciplinas introdutórias eram verdadeiras rememorações, a meu ver desnecessárias, dos últimos anos da escola. Nesse sentido, cheguei a cursar duas disciplinas de 4 créditos cada (4 horas semanais) de Língua Portuguesa, além de uma disciplina de História com o mesmo peso.
Nos primeiros períodos, por vezes eu me perguntava se estávamos num curso supletivo ou efetivamente num curso superior. É contraproducente uma faculdade se dar ao luxo de desviar o foco de atenção de seus alunos para conteúdos que nada mais são que revisões de fundamentos já estudados no nível médio, ainda que sob nova roupagem. É perda de tempo. Para se ter uma idéia do absurdo, a disciplina Teoria e Linguagem Cinematográfica dispunha do mesmo tempo de aula que uma daquelas disciplinas de Língua Portuguesa. Ou seja, a disciplina mais importante de todo o início de curso de Cinema ganhava em nossa vida curricular a mesma importância que a metade de desnecessários exercícios de revisão de Língua Portuguesa.
Uma rápida passada de olhos pelo currículo de então permitia visualizar uma disputa nítida entre disciplinas pertinentes ao curso de Comunicação Social e as disciplinas próprias do curso de Cinema. Não estou advogando a completa independência curricular das duas áreas, mas quando se passa mais da metade de um curso de Cinema estudando conteúdos que dizem mais respeito ao Jornalismo ou à Publicidade, é certo que os conceitos que orientaram a formatação do curso precisam ser repensados.
De lá para cá houve fortes mudanças no currículo, incorporando parte das conclusões que aponto acima e que eram, de certa forma, consenso entre a maioria dos discentes e docentes. Infelizmente, pouco pude usufruir dessa mudança. O curso mudou para melhor, mas ainda precisa seguir um caminho de constante aperfeiçoamento. O mundo ao redor do curso mudou e o curso precisa se aperfeiçoar para oferecer a melhor formação possível aos alunos.
Durante o curso tive a oportunidade de trancar um semestre e estudar na Escuela Internacional de Cine y Televisión (EICT), em Cuba, às minhas próprias expensas. A EICTV é uma escola que mantém boa reputação ao redor do mundo, embora a maior parte de seus alunos, certamente por razões culturais e afinidades lingüísticas, venha mesmo da América Latina e da Espanha. O que pude notar em meus dois meses de estadia em Cuba é que o curso regular de Cinema na EICTV a credencia a ser chamada de uma verdadeira escola de Cinema. E isso, para mim, é um ponto que não pode ser deixado de lado ao analisarmos as faculdades de Cinema brasileiras.
Os colegas que estão entrando no mercado de trabalho ou mesmo os que se encontram em fim de curso já perceberam que o trabalho em Cinema pressupõe uma especialização técnica quase radical. O mercado de trabalho nos exige capacidade de sermos ou técnicos de som, ou fotógrafos/operadores de câmera/assistentes de câmera, ou assistentes de direção, ou diretores, ou montadores ou finalizadores. Alguns têm o gosto ou a capacidade de desenvolver atividades em mais de uma função. No entanto, com poucas exceções (salvo ‘free lancers’ multifuncionais), dificilmente alguém será efetivamente um profissional em mais de uma dessas áreas.
Para que esse perfil especializado de profissional saia da faculdade com capacidade de exercer o seu ofício, é necessário que nossas faculdades de Cinema se tornem escolas de Cinema propriamente ditas. Não é interessante sair de um curso formado “em Cinema”. A especialização, ainda que num nível inicial, é fundamental para entrar no mercado de trabalho em condições de competir com qualquer profissional iniciante. É importante oferecer ao aluno um ciclo básico de disciplinas de formação geral. Esse ciclo poderia ter uma duração média de 2 anos. Os anos seguintes, a outra metade do curso, seriam compostos por disciplinas de formação específica, que permitiriam ao aluno sair da faculdade com um mínimo de especialização, ainda que apenas em uma ou duas áreas de atividade. Na metade do curso o aluno poderia escolher seguir a formação, por exemplo, em direção e montagem. Ou em som e montagem. Ou em fotografia e arte. Ou em arte e direção. Enfim, o interesse do aluno direcionaria o fechamento de sua passagem pelo curso superior em Cinema com vistas ao mundo “lá fora”.
Minha preocupação em propor essa reflexão é a situação com que me deparo hoje ao sair da faculdade. No meio do curso tive interesse em seguir uma formação em produção. A faculdade somente me ofereceu duas disciplinas que tratavam do tema com mais propriedade. Quase tudo o que sei hoje veio de minhas experiências fora da faculdade ou das experiências em atividades extracurriculares. Vejo ao meu lado uma clara divisão entre os colegas que perceberam a tempo um caminho próprio a seguir e os demais que ainda estão num limbo profissional, procurando cursos no Brasil e no exterior para complementar a formação ou mesmo mudando de área em função das dificuldades de inserção profissional para quem não tem uma especialidade a exercer. Pelo que conheço desses cursos complementares, geralmente oferecem por custos quase proibitivos o que qualquer disciplina bem ministrada em faculdade poderia oferecer, com a diferença fundamental do baixo custo.
A UFF dá grande importância à parte mais teórica do Cinema. Via de regra, os alunos saem de lá muito bem preparados para qualquer empreendimento acadêmico e muitos acabam se dirigindo prontamente à pós-graduação, que vem progressivamente sendo mais e mais respeitada. Há um elemento aí de fundamental importância para os próprios alunos da graduação. É a oportunidade de já durante a rotina da faculdade de Cinema contar com as opções de um bom número de disciplinas ministradas em conjunto por professores e seus orientandos de mestrado ou doutorado. A importância dessas disciplinas extras é o seu enfoque quase sempre inovador em comparação com disciplinas do currículo regular. As trocas de informações entre alunos de graduação e alunos de pós-graduação são muito ricas e estimulantes para ambos. Poucas vezes vi alunos tão interessados como os de disciplinas ministradas por mestrandos e doutorandos.
A UFF está localizada em Niterói, uma cidade de porte médio ao lado do Rio de Janeiro, a 13 Km de distância e acessível por transporte hidroviário ou rodoviário. Niterói é uma cidade agradável, mas aquém das facilidades de lazer proporcionadas pela metrópole ali do outro lado da Baía da Guanabara. A UFF e seu Centro de Artes acabam sendo uma grande referência para quem tem interesse em música, teatro, artes plásticas e cinema e não está disposto a encarar um trânsito. O Cine Arte UFF, no entanto, não está atrelado ao curso de Cinema como deveria. Não há aulas no cinema, que por sua localização e por seu espaço generoso acaba recebendo mais a Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, para seus ensaios e performances, do que os próprios alunos de Cinema. Nada contra orquestras, mas não me parece razoável que um dos mais importantes cursos de Cinema do país, se não o mais importante historicamente, localizado numa universidade que possui um cinema próprio, não poder contar com esse espaço para aulas. Deveria ser pauta permanente do curso reivindicar para si o Cine Arte UFF. Ao menos parte de seu calendário. Certamente seria um incremento e tanto para aulas que dependem de exibições de filmes, muito embora o próprio cinema necessite de algumas reformas técnicas que o capacitariam a oferecer melhores condições de projeção. Hoje em dia as aulas com projeções ocorrem em salas apertadas, com equipamentos de pequenas dimensões.
A verdadeira riqueza de uma instituição são os seus membros. Os que a ela se dedicam com carinho e respeito. Por mais que nós “uffianos” tenhamos todas as nossas reservas no que se refere ao curso de Cinema, em poucos lugares pude perceber pessoas tão motivadas a encampar um discurso de união e fraternidade em prol da faculdade, em respeito a suas tradições. Os filmes realizados pelos alunos de forma curricular ou extracurricular são grandes encontros, onde se formam amizades fortíssimas. A realização de um filme é o momento mágico da formação em Cinema. Ao longo de meus anos de UFF tive a oportunidade de realizar mais de uma dezena de filmes, quase sempre na função de produtor ou de assistente de direção. Foi fazendo filmes que fiz amigos, formei parcerias, exercitei o conhecimento ensinado nos livros e nos manuais, dando razão de ser às horas dedicadas em sala de aula. Uma escola de Cinema que restringe aos seus alunos a possibilidade de fazer filmes ceifa-lhes o que é mais caro. E nisso a UFF nos permitiu uma preciosa liberdade para o exercício de filmar e dar asas à imaginação. E por isso lhe sou muito grato.
Alexandre Sivolella: Bacharelando em Comunicação Social (Cinema) pela UFF. Bacharel em Direito pela PUC-Rio (2002). Diretor de “Fim de Expediente” (2006), Melhor Ficção no Vídeo Festival SESC São Carlos 2006. Trabalhou como produtor executivo e assistente de direção em diversos curtas-metragens. Produtor e curados das mostras de cinema “José Dumont, O Homem que Virou Cinema!” (CCBB, 2008) e “1968: Cinema, Utopia e Revolução!” (Caixa Cultural, 2008). Desde 2007 é Coordenador do Laboratório SESC Rio de Roteiros para Cinema.
Alexandre,
Cheguei por acaso à sua página e gostei muito do que li. Parabéns. Uma boa reflexão sobre a sua experiência na UFF, o curso de cinema e o cinema em si.
abs,
Alexandre,
Parabéns pelo post muito esclarecedor que acabo de ler…
Neste Domingo vou fazer a prova para a faculdade de Cinema e Audiovisual da UFF e não sabia nem metade do que ta aí!
Estou certo do que quero e de como poderei usar minha formação para ajudar as pessoas!
Abraço e boa sorte para você!
Fica com Deus!
= ]
Alexandre,
Desde pequeno sonho em me tornar um diretor cinematografico, estou prestes a conseguir entrar pra UFF, e depois de ler seu texto, me desanimei.
Já fiz um curso profissionalizante no Senac Rio de Camera man e possuo o DRT de Camera, mas sinto que…eu deveria tentar aprender à força ao inves de perder tempo na UFF, isto é, partir logo pro mercado de trabalho
Por outro lado, o que você falou sobre os contatos profissionais e os mestres, me deixou feliz também, e me ajudou a não ficar totalmente desanimado!
Se eu entrar na UFF, vou fazer o possível para “legalizar” o Cine Art UFF em sua homenagem.
boa sorte na sua carreira,
Até algum dia! =)
Oi Alexandre!
Sou estudantes de Direito aqui em Sergipe, UFS, mas sempre senti que tenho vocação para trabalhar com arte. Não curto os manuais de direito, acho tudo muito burocrático. Já estagiei em escritório e no TJ-SE, o que me serviu para esclarecer que não é mesmo esse caminho que quero seguir. Estou no oitavo período, penso em terminar o curso e ir fazer alguma coisa que eu realmente goste. Por isso, me identifiquei bastante com sua história. Vou me organizar para, assim que terminar o curso, tentar prestar vestibular para cinema, penso na USP ou na UFF. O seu texto me ajudou bastante a conhecer mais sobre o curso da UFF. Muito obrigado. E boa sorte nas suas futuras produções.
Gostaria de agradecer aos autores dos quatro comentários. Não desanimem. Sigam em frente com seus sonhos. Em muitos lugares e instituições no Brasil vamos encontrar obstáculos que nos fazem pensar se a estrutura foi pensada/construída para estimular nosso desenvolvimento ou para atravancá-lo. As universidades públicas não fogem à regra, mas é preciso lutar por elas, para que se tenha a exata dimensão de sua importância, para que sejam democratizadas e para que atendam às necessidades da sociedade. O curso de Cinema da UFF tem algumas boas notícias: em breve ganhará nova sede, mais moderna e com melhores instalações; o Cine Arte UFF está fechado para reformas; novos professores deram uma oxigenada no curso; os novos alunos são pessoas interessadas e engajadas na luta pela reputação do curso. Abraços!
Cinema e arte é de fato uma vocação. Também penso em estudar cinema, mas sempre vejo comentários negativos. Parece que há ainda uma dificuldade muito grande no Brasil. Mas isso não importa, cinema é paixão. E espero em breve estar na UFF.
Olá,
Eu recentemente fui aprovada em cinema e audiovisual (UFF), imagem e som(UFSCar) e radialismo(Unesp). Achei esse site por acaso e tenho achado ótimos os seus textos e seus esclarecimentos. Tendo em vista que ainda não tenho um foco definido (entre cinema, tv, ou qualquer outra área de atuação), qual dessas três faculdades você acredita que seja melhor para se cursar audiovisual? Pelo que sei, a UFF é consideravelmente mais tradicional, embora o curso da UFSCar tenha mostrado grandes avanços.
Obrigada!
Uau…
não sei como cheguei aqui mas,seu texto prendeu minha atenção até o fim! ^^
Eu faço artes visuais pela Universidade Federal de Uberlândia MG,mas não era o que eu esperava.
Tb ou atriz de rua e o cinema sempre me fascinou!
Infelizmente onde moro, não há nada na área…
Estudo Inglês e Alemão por hobby…e vou começar Espanhol ! Amo línguas ,Vi que vc fez várias tb,… mas não sei o que fazer com elas profissionalmente!! pensei em relações internacionais ..mas não gostei do que li a respeito…
Acho que ela vão me servir mais se fizesse cinema!!^^
bom…valeu pelas informações!
Alexandre,
Tenho 17 anos e aos 7 comecei a fazer teatro. Aos 12, resolvi que queria ser cineasta. A ideia perpetuou-se até o primeiro ano do ensino médi. E semelhante ao que li sobre você ali em cima, encantei-me pela carreira diplomática. Representar o Brasil e a nossa cultura no mundo foi algo que despertou em mim a vontade de cursar Direito e História para enfim ingressar no Itamaraty. Ninguém entendeu a drástica mudança, é claro. Mas eu sempre senti uma semelhança entre o cinema e a diplomacia.
Era uma pena deixar de lado a minha veia artística que por tantos anos fez o meu diferencial. Mas eis que hoje, 8 de março, foi anunciado o melhor filme na premiação do Oscar! Remetendo-me àquela vontade de fazer arte simplesmente.
Por fim, se alguém pode me dar um bom conselho, acredito que seja você, que tão espantosamente lembrou-me a mim mesmo. Óbvio que se eu fizer Cinema, farei na UFF(para nao fugir muito ao título da página). Parabéns por suas conquistas e muito obrigado!
Brother, achei fantástica a sua estória e parabenizo sua força de vontade e dedicação. Eu sou militar das forças armadas e cursei dois períodos de letras, mas na verdade meu sonho é fazer cinema e por isso estarei entrando na facul no 2° semestre com o intuito de colocar as minhas idéias na sétima arte, tentando fazer o melhor para fazer parte deste cenário maravilhoso que é o crescimento do cinema brasileiro. Por fim o meu problema é que moro em campo grande-rj e aqui não poossui facul de cinema, porém distância nenhuma será capaz de inviabilizar o sonho de criança.
AÍ, APROVEITA QUE VOCÊ ESTA NO MEIO E FAZ UM LOBBY A FAVOR DA ZONA OESTE PRA TRAZER UM CURSO PRA CÁ!
Bem, estudei na UFRJ também, fiz geografia e engenharia e pretendo estudar cinema que é a minha grande paixão. Quanto à infra-estrutura, acredito que depende do curso!! Temos a COPPE, que é um centro de pesquisa onde alunos da PUC, UERJ, UFF trabalham, não esquecendo dos estrangeiros!! Quanto aos outros cursos, estão melhorando aos poucos, o governo atual, apesar de não ter o canudo mágico, fez mágica, pelo menos no Campus do Fundão!! Eu pessoalmente, não tenho o que reclamar da UFRJ. Não trocaria esta universidade por nada, rs!! Acho que foi amor a primeira vista, o mesmo amor que vai me fazer passar pelas dificuldades as quais voce mencionou fazendo cinema!! Para um país como nosso, desigual e com tantos problemas, ter ao menos chance de lutar por um sonho, já é uma conquista! Um grande abraço para ti!
Rangel, Bruna, Monique, Pedro Henrique, Alan, Vinie, vocês me desculpem mas só venho aqui de vez em quando e só mesmo agora vi as mensagens de vocês. Vamos lá:
Rangel, o curso da Ufscar é muito bom. Tenho alguns conhecidos que estudaram em São Carlos e gostaram do curso e tiveram boa inserção profissional. Se sua escolha tiver que levar em consideração a localização da universidade, é uma boa escolha.
Monique, eu só não fui mesmo para a diplomacia por contingências da vida. Tenho hoje amigos diplomatas. Estão todos muito satisfeitos com o trabalho, com a remuneração e animados com o futuro. Não tenho dúvidas de que estaria eu também satisfeito neste outro caminho. Relações Internacionais podem abrir muitos caminhos de trabalho, não apenas em diplomacia. Há muitas empresas transnacionais brasileiras hoje. Todas precisam de profissionais da área. Assim como há muitas organizações internacionais, independentes das representações externas dos países. Se você estiver nesse pique, eu sugiro que continue e não abra mão. Vale a pena.
Pedro Henrique, é engraçado, mas há muitas pessoas que estudaram direito e cinema, que trabalharam em diplomacia e em cinema. Não é algo incomum. Deve haver alguma ligação imaterial entre esses saberes…
Alan, morar longe dos centros das cidades no Brasil é quase sempre muito complicado. Somos um país muito desigual e as periferias são ainda muito desprestigiadas. Conheço Campo Grande e sei como é longe. Mas te dou uma dica: quando fiz direito, tinha um colega de Campo Grande que era sempre o primeiro aluno a chegar. Não era brilhante, mas era extremamente disciplinado e aplicado. É hoje um ótimo advogado. Perseverança é tudo. Não se deixe levar pela distância. Qualquer coisa, divida apartamento com outros colegas perto da faculdade (eu fiz isso também).
Vinie, a Coppe é exceção na UFRJ e talvez no Brasil. É excelência mesmo. Há outras faculdades penando para ter a mesma estrutura. Mas infra-estrutura é só um dos aspectos. Não é determinante. Boa sorte!
Abraços a todos,
Alexandre
Estou pesquisando sobre o curso de cinema na UFF, e o seu post foi um dos poucos que conseguiu em esclarecer algo. Pretendo fazer vestibular para cinema na UFF e audiovisual na USP. Como é mais provável que eu passe na UFF, tô correndo mais atrás. Enfim, obrigada pelo esclarecimento, tirou minhas dúvidas, e me colocou outras. Mas, é assim mesmo! Continuarei pesquisando.
Sucesso!
Abraços,
Johanna
Texto esclarecedor, realmente um presente para todos que se interessam em cursar cinema na UFF. Entretanto, gostaria de fazer uma pergunta que pode parecer aleatória. O que você diria para alguém se interessa especificamente nas áreas de direção, produção e roteiro, e gostariam de trabalhar fora do Brasil, na América do Norte?
Desde já, muito obrigado.
Alexandre,
Retornei à sua página para fazer uma pergunta bastante intrigante. Já que você era aluno da PUC quando pensava em mudar de carreira, por qual motivo não cursou cinema na própria universiade católica? Diria que hoje, após muito refletir, seria minha primeira opção para cinema, antes mesmo da UFF. Qual sua opinião sobre esse novo curso que vem ganhando relevante destaque? Abraço
Eu quero fazer o curso de cinema mas,não tenho nenhum conhecimento maior
sobre técnica ou algo do tipo.Sou apaixonada por todo tipo de arte,fico muito decepcionada por não ter nenhum ‘dom’ e ao mesmo tempo tanto para expressar.
Você que cursava direito,já tinha bastante conhecimento sobre o cinema
para entrar na faculdade?
Obrigado.
Chris,
Se eu fosse hoje mais novo, do tipo antes mesmo de sair da faculdade, apesar de toda a abertura que o cinema brasileiro vem permitindo em termos de oportunidades, ainda assim eu tentaria passar um tempo estudando nos EUA. É importante essa troca de experiências, nos EUA ou em outros países em que o cinema é efetivamente uma prática profissional. A questão é saber mais ou menos o que se quer, para não ficar meio perdido ou perder tempo em cursos generalistas do tipo “oficina de cinema”. Eu gostaria de ter trabalhado um pouco, nem que fosse como estagiário, numa produtora de cinema americana. Acho que teria aprendido muita coisa, nem que fosse o simples linguajar técnico. Tenho ouvido algumas histórias de amigos que têm trabalhado em produções internacionais que vêm filmar no Brasil e essa formação seria certamente muito bem-vinda.
Abraços,
Alexandre
Pedro Henrique,
Na época em que terminei Direito ainda não existia o curso de Cinema na PUC-Rio.
Mas para além disso, eu sempre soube que os alunos de Cinema da UFF formavam um grupo especial. E foi isso mesmo que eu pude comprovar quando estudei lá. Justamente por ter convivido com essas pessoas, eu não me arrependo.
Abraços,
Alexandre
Maria Eduarda,
Eu já sabia alguma coisa de ser cinéfilo. Nada de conhecimento técnico específico. Acho importante você se informar, fazer algum curso de alguma área de cinema que te chame a atenção antes de se decidir, ir a lugares frequentados por alunos de cinema e conversar com as pessoas, frequentar – se possível – mostras de cinema no Centro Cultural Banco do Brasil, por exemplo, ler livros sobre cinema. Tudo isso ajuda a formar algum conceito mais elaborado sobre a área.
Abraços,
Alexandre
o curso de cinema fica ali perto da saída das barcas e perto da ponte rio niterói?
Estou no 7º período da FND e não aguento mais a faculdade, penso todo dia em largar! Estou há algum tempo pensando em fazer cinema na UFF (moro em Nit inclusive) e seu post foi muito esclarecedor! Tomara que eu consiga tomar a decisão certa como você!
Abraços
Vinícius
Milton,
O IACS, onde está o curso de Cinema, fica na Rua Lara Vilela. Não é muito longe das barcas, mas tampouco é perto. Está a cerca de 20 minutos a pé da estação das barcas.
Abraços,
Alexandre
Vinnicius,
Tomara que sim! Boa sorte.
Abraços,
Alexandre
Viva nossa Pindorama pós-moderna e a decadência de toda forma de educação e desenvolvimento intelectual dentre a juventude;
ola gostei do que vc falou e isto me fez me dedicar mas aindo nos meus objetivos bjus bjsue boa sorte ..
Alexandre,
Sou de Pernambuco e não sei explicar a paixao que tenho por cinema. Estou na fase de vestibular, logo cursarei o 3 ano do ensino medio e tenho muitas duvidas sobre a faculdade de cinema. Gostaria de saber melhor se vale a pena esta carreira e como é que eu faço pra ser um profissional bem sucedida?
Alexandre,
Sou do Rio de Janeiro e estou entre os classificados para cinema na uff, estava certa em fazer esse curso até passar para ciências sociais na uerj.
Venho recebendo muito apoio para optar pelo segundo curso, e os argumentos sempre são os mesmos: A “proximidade”, já que sou de campo grande; a dificuldade de seguir em uma carreia como cinema sem conhecer pessoas da área; e como eu sou boa argumento e escrevendo( o que para mim, sinceramente, é um argumento à favor de cinema também).
Estou realmente em duvida ainda, mas seu texto me tranquilizou um pouco.
Muito obrigada.
Beijos e até um dia, quem sabe..
Sabrina Alvarez
Alexandre,
Hoje estou passando a tarde de sábado procurando argumentos positivos para minha filha se dedicar a um bom cursinho e tentar pela segunda vez ingressar na UFF. Pois já li vários comentários a respeito da falta de infra estrutura da UFF, e como não conheço pessoalemtne fico semrpe na grande dúvida. A verdade é que ela passou na FAAP, onde tentou bolsa mérito por 4x, na terceira vez , tudo indica , pelo gabarito e resultados, que ela coanseguirira aproximadamente ums 70% de desconto nas mensalidades, mas, quando solicitamos as notas das provas, além de descobrir que ela havia tirado a nota máxima, descobrimos que a vaga não era para ela, pois é, caso ríssimo que preferimos deixa rde lado, sumiram com os verdadeiros resultados da prova dela, e a colocaram em 122º de calssificação. Um verdadeiro absurod de uma Instituição totalmente “elitizada”, conclusão, ela desisitu, passou na PUC-RIO, fizemos matrícula, mas, o custo da mensalidade mais o custo de moradia no Rio de Janeiro nos impediu da realização do grande sonho, pois somos do interiro de São Paulo, e mantê-la estudando lá ficou muito difícil financeiramente, ela está numa lista de espera para reclassificação, tem 22 alunos para 3 em vagas, e ela parece ser a última da fila.. Estamos trancnado a matrícula na PUC, e estou procurando motivos positivos e melhores para ela iniciar o cursinho com a mesma garra que semrpe teve para tudo, melhor aluna da sala desde pequena.. Meu orgulho!
Acha que trocar a PUC pela UFF seria menos pior? Conhece o curso de audiovisual do SENAC-SP? O que acha? Conhece outro curso de Graduação bom como esses em São Paulo? Vale a pena, ou é melhor esperar a UFF? Agradecerei sua sinceridade, pois gostaria muitíssimo poder proporcionar um excelente estudo para minha filha como sempre fiz.
Outra dúvida em é em relação a trancar a matrícula, será que seria possivel transferir para UFF? Imagino que não , mas, tenho essa dúvida que parece ser ridícula, fora de realidade, mas, me incomoda não ter a resposta, liguei na UFF várias vezes mas, não fui atendida no telefone..
ficarei muito feliz se puder me responder.. gostaria de passar meu e-mail, mas, não sei se posso passar aqui.. De qualquer forma digitei no formulário acima ..
Forte abraço..
Edmara
Olá, Alexandre. Estou em um ano de preparo para o vestibular e desde os meus 11 anos, época em que meu irmão conseguiu passar para Letras na UFF, é o meu sonho estudar nessa faculdade e principalmente fazer Cinema. Desde nova sei o que eu quero muito bem… estudar fotografia (já fiz cursos) e cinema. Ao pesquisar sobre o curso na UFF, achei sua página e li seu post… é verdade que no início fiquei desmotivada e deu até vontade de chorar, começando a achar que eu estava tendo um sonho não muito produtivo. Mas ao final do seu texto, senti um orgulho seu por ter estudado nessa instituição e fiquei feliz e estou decidida do que eu quero 🙂 Além do que, acho que nossa formação profissional, nossa capacitação, depende principalmente de nós mesmos. E você não deixou falhar isso, percebi pelo seu texto. E espero ter toda essa forçar de vontade e formação…
Muito bom seu texto. Esclarecedor.
Abraços.
Ola,
Assim como todas as outras pessoas dos posts eu estava pesquisando sobre cursos de cinema e audiovisual e acabei achando seu site!
Texto mt bem escrito e esclarecedor, assim como as respostas aos cometarios!
Eu sou estudante de artes plasticas na UFES no estado do Espirito Santo e meu foco dentro do meu curso e voltado pra area de video! Porem o curso de artes na UFES ainda e mt precario pra um estudo voltado pra essa area o que me fez procurar por cursos mais especificos! Alem disso, trabalhei um tempo com edicao de video e nessa area de edicao que quero me especializar! Queria saber de vc se o curso de cinema e audiovisual da essa base pra pessoas que querem ser editoras de video ou se vc tem alguma dica pra me dar!
Desde ja agradeco muuuuito seu tempo em me responder…….
Olá Joani,
Cursos de audiovisual e cinema em um geral costumam dar sim uma base com relação a edição de videos, porém, pelo menos aqui na UFSCar, isso se dá muito paleativamente no inicio do curso para se dar de forma objetiva do meio para fim através das introduções e especializações em montagem. Não conheço o caso da UFF. Mas o principal é que caso você entre em um curso de cinema ou audivisual você terá essa base sim.
Penso muito em fazer cinema e gostaria de saber se você acha que a UFF é a mais indicada, pois estou disposta a mudar de estado, seja para o Rio ou SP, e gostaria de cursar a melhor faculdade federal ou estadual de cinema do BRA. É um dos poucos cursos que me atrái, e penso em fazer algo paralelo, por isso tenho interesse no Rio. Tenho medo de me frustar ao optar por esse curso, todavia de me decepcionar escolhendo uma área que não tenha a ver comigo. Agradeceria uma recomendação. Abraços!!
Alexandra,
Minhas dicas: estude bastante, aproveite para trabalhar o quanto puder em curtas-metragens e outros trabalhos menores, remunerados ou não, especialize-se em uma ou duas funções, conheça bem as novas tecnologias, mantenha-se atualizada e não se desespere. Mas também não se acomode. Não é fácil.
Beijos,
Alexandre Sivolella
Graciela,
Boa sorte!
Beijos,
Alexandre Sivolella
Sabrina,
Morar longe é realmente chato. Mas como já disse, geralmente quem mora longe acaba sendo o mais assíduo e pontual. Enfim, de desafios se faz a vida. Boa sorte.
Beijos,
Alexandre Sivolella
Edmara,
Que pena existir ainda esse tipo de privilégio. Nunca fui muito com a cara da FAAP, para ser sincero. Sempre achei mesmo muito elitista. Mas conheço gente muito boa que se formou lá. Sendo sincero, não dá para comparar, com algumas exceções, a infra-estrutura de uma universidade pública com a de uma privada. As exceções geralmente são os cursos de engenharia, por exemplo. Estou um pouco afastado das universidades, mas apesar de tudo, ainda valeu estudar na UFF. Em última instância, o indivíduo é o maior responsável por seu próprio amadurecimento, por assumir responsabilidades e seguir em frente. Mas não descarte a PUC-Rio. Desejo grande sucesso para a sua filha.
Beijos,
Alexandre Sivolella
Ana Priscila,
De nada. Eu também tenho muito orgulho de ter estudado na UFF, apesar de todos os problemas.
Beijos,
Alexandre Sivolella
Joani,
Sim, com certeza! Para quem quer se especializar em edição e montagem, o curso é bom. Infelizmente, não há computadores facilmente disponíveis para todos. Se você puder adquirir o seu, acho uma excelente escolha. Conheço muitos montadores que se formaram na UFF, assim como editores de som. Costumo trabalhar com vários deles e são ótimos. Aliás, fica a dica, edição e montagem é um trabalho com ótimas oportunidades.
Beijos,
Alexandre Sivolella
Lara,
Não sei como anda a USP. Sei que a UnB não vai muito bem. Sugiro você tentar ir de penetra a algumas das aulas para ver como anda a coisa. É sempre bom fazer um test drive.
Beijos,
Alexandre Sivolella
Ola Alexandre,
Fico feliz em conhecer pessoas formadas em cinema e que hoje conseguem viver trabalhando com aquilo que sempre almejaram.
Durante a minha infância e adolescência, o cinema evoluiu de um simples hobbie para uma obsessao,uma paixão imensurável que me faz ler e escrever sobre filmes sempre que posso. Cinema é o que move minha vida,simples assim
Com a proximidade do vestibular me defronto com uma forte resistêcia da minha família a minha primeira opção de cursar cinema em qualquer uma das universidades do Brasil e do mundo(nem teria condições financeiras para isso) .
O grande questionamento é a total incerteza em relação ao mercado de trabalho, a instabilidade ou até o ócio profissonal em que alguns profissionais da área conhecidos parecem viver. É uma afirmação extramamente interiorana e leiga,mas o que mais ouço é: “vai morrer de fome”.
Gostaria de saber se após a faculdade de cinema existem caminhos certos e seguros para seguir, ou tudo depende de iniciativas próprias e esforço individual?
Em que região do Brasil estão concentradas as oportunidades para cineastas aspirantes?
E por último, você sabe alguma coisa sobre o curso de Cinema da UFSC?(comentários sobre a qualidade)
Ficaria eternamente grato se você me respondesse estas questões.
Abraço,
Gabriel Antonio
Gabriel,
O que menos há é ócio. Mesmo para os que são famosos por ganhar fortunas, há muito trabalho. A depender da área em que você trabalha e da função que ocupa, muitas vezes não se sabe o que é um fim de semana, qual é a diferença da noite para o dia.
Não conheço o curso de Cinema da UFSC. Infelizmente, não tenho como emitir qualquer opinião.
Cinema no Brasil não é uma indústria consolidada como ocorre em outras áreas. Aliás, é preciso colocar na cabeça que “cinema” – por isso eu prefiro usar o termo audiovisual – é muito abrangente. Envolve o cinema propriamente dito, televisão, publicidade, educativos, produções para Internet, além de outras atividades que vêm sendo transformadas e mesmo criadas pelos desdobramentos da tecnologia e da própria sociedade.
Uma coisa importante, em relação à sua pergunta sobre “caminhos seguros”, tire isso da sua cabeça. Não há caminho seguro para nada nesta vida, nem para ser cineasta, engenheiro, advogado, médico, pedreiro, professor… Claro que há níveis de segurança (mas primeiro precisaríamos definir o que é segurança, aliás). O caminho é você quem trilha. E os riscos, você quem assume, em maior ou menor medida. Muita gente diz que se você quer segurança mesmo, o caminho seria fazer um concurso público. Conheço algumas pessoas que seguiram por aí. Umas gostam mesmo, outras se acomodaram e passaram não a gostar, mas a tolerar, e outras odiaram. Cabe a você escolher o seu caminho.
Abraços,
Alexandre
Olá!
Achei seu texto bastante esclarecedor!
Já o li mais de uma vez, aliás, leio sempre que penso em cursar cinema.
Não tenho uma dúvida única, mas gostaria de conversar com alguém que fez faculdade na UFF que é o lugar onde pretendo estudar.
Se pudermos nos corresponder por e-mail ficarei muito grata.
Obrigada!
Caroline Buranelli.
Olá Alexandre,
Redundante falar o quanto seu texto é inspirador, pelo numero de comentarios já feitos aqui. Mas nunca é demais repetir, foi muito esclarecedor. Acho que de alguma forma me identifiquei com sua historia, no que diz respeito ao fato de vc ter feito um curso superior antes de estudar cinema. Gostaria de saber o que passou pela sua cabeça, e como foi tomar a decisao de seguir um caminho totalmente diferente do inicialmente planejado. Estou atualmente no quarto ano de medicina, e sei o mundo de possibilidades que essa profissao me oferece, mas ainda há um sentimento de vazio, como se faltasse buscar alguma coisa que realmente faça sentido, que eu me apaixone. Acho que o cinema seria essa resposta. Agradeço desde já a atenção. Abraço, Guilherme
Caroline,
Se quiser, pode me escrever diretamente. Basta me procurar no Facebook. Mas já adianto que talvez seja melhor conversar mesmo com alguém que esteja cursando Cinema na UFF por agora. Já estou ficando por fora do que está acontecendo no curso. Soube por amigos que houve muitas mudanças recentes, novos professores e, em breve, haverá uma mudança bastante forte, com a transferência do campus para outro espaço maior e mais moderno.
Abraços,
Alexandre
Guilherme,
Acho importante você terminar o que está fazendo, Medicina, para depois ir em busca de outra coisa. Digo isso porque você está já na metade final do curso. Não acho que valha a pena abandonar o que você já investiu.
De minha parte, posso dizer que uma mudança assim tão radical não é fácil. Durante muito tempo fiquei pensando se tinha acertado. Muitas vezes duvidei, achei que tinha precipitado. Mas é inegável que me divirto fazendo o que faço, que tenho prazer em trabalhar com audiovisual.
Nunca é tarde para fazer mudanças, mas é sempre importante avaliar bem as alternativas e se preparar para os novos desafios. Não dá para cair de cabeça em uma situação que não se conhece bem.
Abraços,
Alexandre
Olá Alexandre,estava pesquisando sobre cursos de cinema e acabei entrando na sua página.Tenho 17 anos,moro em Aracaju-SE e estou prestes a fazer vestibular,sempre fui apaixonada por cinema e atuação,como na minha cidade o teatro e cinema são pouco valorizados estava optando por psicologia,que é outra paixão ou direito,onde a questão financeira é mais fácil,mas de última hora resolvi seguir o meu sonho,tenho medo da jornada por ser uma área bastante concorrida e difícil,mas esperança e fé que tudo vai dar certo.
Vou tentar cursar duas faculdades,a de cinema e a de psicologia,o meu foco é RJ e SP onde é o centro para o que quero,mas não vou deixar de prestar para outras.Pelo que entendi,na faculdade de cinema não tem muito de atuação,não é?Seu texto é inspirador e esclarece bastante coisa!!Obrigada.
Beijos.
Bom eu estou impressionada com tamanhas descobertas por aki , excelente suas palavras , eu acabo de ter sido aprovada no vest da UESB aqui na Bahia em cinema e audiovisual , foi uma opção que chutei pq queria mesmo psicologia mais não tinha, eu sempre disse e repeti” eu acho assistir filme “alguns filmes” uma perca de tempo ” nunca me interessei por filmes irreais,, sempre documentarios ,algo real , por exemplo , nunca tive vontade de ver harry potter , e sou apaixonada por filme do tipo ,trafico humano , enfim .. a onda , facismo estas coisas , filme como o menino de pijama listrado .. mais eu to besta onde fui parar , só lendo aki deu p me imaginar uma cineasta pq eu adoro criar , ter ideias , expor minhas ideias , eu adoro redação então daria uma otima roteirista ,… imagens tbm adoro fotos, fotos diferentes .. um abraço gostei bastante de suas palavras, um grande incentivo a mim ..
Renata,
Se você quer trabalhar como atriz, acho que o seu caminho não é a faculdade de Cinema, mas de Artes Cênicas. Você pode até aproveitar algumas coisas do curso de Cinema, mas não vai aprender praticamente nada de interpretação.
Abraços,
Alexandre
Alexandre,
Sou de Maceió, Alagoas, e tenho 17 anos. Estou terminando meu terceiro ano e estou naquele clima pré-vestibular de muita pressão e indecisão. Sou apaixonado por cinema e desde os 14 venho aprendendo de certa maneira cada vez mais sobre a carreira por conta própria. Acabo de voltar de um ano de intercâmbio em Cambridge, Inglaterra, onde cursei a matéria a qual eles chamavam de Art Video, que eu poderia dizer sem dúvida alguma que foi um curso completo de cinema, onde aperfeiçoei minhas técnicas de direção, roteiro, edição, planejamento, etc. Produzi alguns curtas enquanto lá e percebi que era exatamente isso o que eu queria como carreira, porém ainda não me é muito claro se o foco seria direção, produção ou até mesmo edição.
Como estou terminando o Ensino Médio tenho dado duro estudando para o ENEM e para os vestibulares que farei, porém ainda estou na dúvida para onde ir, e quais as duas faculdades que escolherei para utilizar as notas do ENEM. Minhas opções são UFF, PUC – Rio, FAAP e USP. Todos dizem que a FAAP é excelente e comentam sobre a PUC e a UFF. Não confio muito na USP se tratando de cinema, embora meu pai insista que eu faça vestibular para lá. Dinheiro, felizmente, não é problema para mim ou para minha família, ou seja, não há muita diferença entre faculdades privadas ou públicas, porém, minha namorada é carioca o que me leva a pender mais para a UFF e para a PUC. Também penso em trancar a faculdade após 1 ou 2 anos de curso para fazer algumas especializações nos EUA ou mesmo na Inglaterra . Se possível eu gostaria de saber sua opinião quanto as quatro faculdades citadas e qual você acharia que eu deveria cursar. Para você, qual curso de cinema seria melhor, o da UFF ao qual você cursou? Ou o cinema na PUC? Para quais faculdades eu deveria utilizar as notas do ENEM? E quanto ao mercado de trabalho pós faculdade? Há um bom mercado? As ofertas e oportunidades são boas? E quanto ao salário médio inicial de um profissional em cinema (produtor, diretor, editor ou roteirista)?
Muitíssimo obrigado pela atenção,
Leoo Lôbo
Alexandre,
Ao ver tamanha experiencia em suas mãos não pude exitar em comentar sobre o que li.
Muito interessante e inspirador para todos nós, jovens que sonhamos em dedicar nossa vida ao cinema, mas com o vestibular chegando sempre ouvi de meus pais do meu pai especialmente “devemos fazer o que temos que fazer para depois fazermos o que gostamos de fazer”, sempre que tenho que tomar decisões que envolvem este tipo de situação penso no que ele me disse.Então a questão que fica é…primeiro fazer um curso que me dê estabilidade financeira mesmo não sendo o que eu gosto(engenharia de produção) e usando o curso que eu gosto(cinema) como hobbie, ou fazer um curso que seja o que eu goste(cinema) correndo o risco alto de não ter uma futura vida financeira estável e ouvir meu pai falando no pé do meu ouvido que eu não deveria ter feito essa escolha profissional.
E aí? preciso de uma opnião de “fora” sobre este assunto…se puder responder para o e-mail que aqui esta sendo fornecido seria uma beleza…VLW!
Abraços,
Nagib
Leoo,
Sua experiência de vida tem sido bacana. Tenho certeza de que essa oportunidade do curso de Art Video te ajuda muito a pensar no futuro. E a possibilidade de estudar fora é sempre maravilhosa.
Como acho que já escrevi, não conheço muito o curso de Cinema da PUC-Rio e mesmo tendo estudado Direito lá, fica complicado emitir uma opinião abalizada. Mas a PUC-Rio é uma universidade com muitos cursos bons e eu ficaria muito surpreso se o de Cinema fugisse à regra.
Não sei se já escrevi também, mas se eu hoje tivesse a sua idade e possibilidade financeira, eu iria estudar Cinema no exterior, ao menos a parte técnica do curso. Acho importante. Ainda estamos aquém do que efetivamente é necessário estudar para se formar bem em Cinema. É claro que uma boa formação sempre depende mais do aluno que propriamente da faculdade, mas já ouvi falar muito bem dos cursos de Cinema da UCLA e da University of Southern California, por exemplo, e também dos cursos de Fotografia e Som da Ecole National Superieur Louis Lumière (ENSLL), na França. Há outras instituições como essas em outros países.
De repente, o que pode te permitir fazer isso é justamente um intercâmbio. A UFF tem um acordo de intercâmbio com a ENSLL e os meus amigos que foram (todos fotógrafos) aproveitaram muito a oportunidade.
A UFF, como toda universidade pública, padece de muitos problemas estruturais. É chato esse tipo de coisa, mas ainda acontece.
Minha sugestão: faça algumas aulas nas duas faculdades como ouvinte informal. Você vai poder ter uma boa ideia de como funcionam as coisas. Converse com os alunos. Eu faria isso. Pena que ninguém me deu esse conselho quando eu era mais novo.
Abraços,
Alexandre
Nagib,
Difícil essa decisão, hein!? Que tal tentar fazer o primeiro e o segundo período juntos nas duas faculdades? Talvez assim você possa ter uma ideia das coisas, depois tranque uma das faculdades para poder fechar a outra bem. Não sei bem o que aconselhar… Difícil mesmo.
Abraços,
Alexandre
João, siga em frente. Não deixe de terminar o curso de Direito. Faça como estou sempre recomendando. Visite as universidades em que você pretende estudar para conhecer melhor a estrutura, os professores, os alunos. Se todos pudessem fazer isso… Abraços!
Gabriel, os contatos profissionais são realmente fundamentais. É de suma importância construir uma boa relação de profissionais com os quais você pode vir a trabalhar. Minha sugestão é para que você ao menos tente vivenciar um pouco a faculdade. Se não rolar, não rolou. Agradeço a homenagem, mas há muita – muita! – gente à minha frente que merece ser homenageado de verdade! Abraços!
Boa sorte, Tharnier!
De tudo um pouco foi falado.
Comentários excelentes de todos em especial do autor do texto, ao qual eu também tenho uma pergunta sobre o que não foi cogitado. Como é o mercado de trabalho em relação ao fator idade, para iniciar uma faculdade de cinema aos 35 anos, existiriam algum preconceito, como vemos em outras carreiras, se tem espaço no “mundo corporativo”?
Agradeço desde já a atenção.
Alexandre, obrigada pelo texto motivador e de certa maneira revelador, pois dificilmente o curso de cinema é desmembrado assim pra quem não o conhece. Passei na UFF em cinema e audiovisual, pra começar em agosto de 2012, mas estou na lista da UFSCar. Sinceramente não sei qual atitude tomar, já que todos implicam que seria melhor UFF pela sua localização. Queria saber a realidade, seria mais fácil um emprego logo que sair da UFF? Se por acaso opitar pela UFSCar sairei prejudicada nesse quesito remuneração? Gostaria muito da sua opinião, obrigada!
Meu nome tb é Alexandre. E tenho o mesmo sonho que vc está concluindo chará.. cinema é o que eu quero fazer…
Tenho 17 anos e termino o ensino médio esse ano, escolhi seguir a área de Cinema e Audiovisual, muitos dizem que sou nova para se decidir e que muitas coisas irão acontecer na minha vida durante esse processo, mas no momento esse é o meu maior sonho, realmente gosto muito dessa área. Confesso que estou levemente perdida a respeito da escolha da universidade para iniciar o curso, sou totalmente inexperiente no mundo universitário e sempre que tenho oportunidade leio sobre esses assuntos. Agradeço por ter compartilhado sua experiência e aposto que ela será útil para mim.
Tenho 17 anos e termino o ensino médio esse ano, escolhi seguir a área de Cinema e Audiovisual, muitos dizem que sou nova para se decidir e que muitas coisas irão acontecer na minha vida durante esse processo, mas no momento esse é o meu maior sonho, realmente gosto muito dessa área. Confesso que estou levemente perdida a respeito da escolha da universidade para iniciar o curso, sou totalmente inexperiente no mundo universitário e sempre que tenho oportunidade leio sobre esses assuntos. Agradeço por ter compartilhado sua experiência e aposto que ela será útil para mim.