Festival de Calouros da UFSCar

Arte até o caroço

Logo no início da tarde do dia 4 de junho, começou a movimentação incomum na Praça do Mercado Municipal de São Carlos. Um grande palco, tendas, mesas de som, equipe de segurança. Indícios de um grande evento. Eram os preparativos para o Festival do Calouro 2009.

Organizado pela Rádio UFSCAR, em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação, o festival reuniu diversas atrações artísticas: música, dança, teatro, artes plásticas, vídeos; todas com a participação, integral ou parcial, de alunos do primeiro ano da UFSCAR.

Durante a tarde, os testes de som já chamavam a atenção das pessoas que passavam pelo Mercado Municipal, conforme o Sol se escondia e a temperatura caía, o palco ficava mais quente.

Abrindo a noite, a banda Ninguém Vai Tocar foi responsável por aquecer o público, que começava a se juntar na praça. Formada por quatro alunos de Imagem e Som, Ninguém Vai Tocar apresentou uma leitura nova para sucessos internacionais. Em seguida, Ben Affleck, banda formada por calouros de Engenharia Mecânica, deu continuidade ao show no palco.

Depois das duas primeiras bandas, um momento para o teatro. Graduandos de Pedagogia e de Ciências Sociais atuaram à frente do palco. O grupo, denominado Corpo de Rua, realizou uma peça bastante inusitada, incluindo até mesmo um certo grau de interatividade com os espectadores. Ao som de um tambor, duas atrizes revelavam a temática social da apresentação.

Na tenda montada na lateral, à direita do palco, telas brancas ganhavam cores sob os traços precisos e leves de duas alunas, também da faculdade, que além de pintar na hora, também expuseram quadros prontos.

Grupo Vagalume. Foto: Maísa Joanni

Os olhares viraram-se mais uma vez para o palco. Mudando o tom que o festival mantinha até então, os quatro integrantes do grupo Vagalume tocaram chorinho. Com dois violões, pandeiro e clarinete (haveria uma flautista, que se ausentou), os alunos do curso de Música relembraram sucessos de décadas passadas.

Depois do chorinho, o público se dirigiu à tenda. Vestidas de preto, fitas vermelhas no pescoço, oito alunas de Imagem e Som trouxeram o jazz ao festival. Com coreografia própria, dançaram All That Jazz, a abertura do consagrado musical Chicago. A apresentação foi marcada pela sensualidade e sofisticação.

Grupo All That Jazz. Foto: Maísa Joanni

No telão do palco, foram exibidos videoclipes dos quais o calouro Ricardo Vieira, graduando de Pedagogia, fez parte da produção.

À frente do palco, o grupo Los Boludos fez uma apresentação de malabares. Em movimentos individuais ou em dupla, os alunos demonstraram grande habilidade e técnica, o grande destaque ficou com o malabarismo com uso de um monociclo.

De volta às atrações musicais, a banda Krakatoa levantou o público com grandes sucessos do reggae e composições próprias. A banda inclusive aproveitou para divulgar que lançará um CD em breve. A última atração antes do show principal foi a famosa Bateria da UFSCAR, as já conhecidas batidas da Bateria mostraram que calouros já estão integrados às tradições da universidade.

Para encerrar o Festival do Calouro, o show mais esperado da noite: Bnegão e Os Seletores de Freqüência. O show, que durou quase duas horas, levou o público ao delírio. A música “(Funk) Até o caroço” foi cantada pela maioria das centenas de pessoas que assistiam ao show nas duas vezes em que foi tocada. O sucesso foi tão grande que um bis não bastou, Bnegão e os Seletores voltaram duas vezes ao palco.

BNegão e os Seletores de Freqüência. Foto: Maísa Joanni
BNegão e os Seletores de Freqüência. Foto: Maísa Joanni

Houve também, durante todo o Festival, outro tipo de participação de calouros: a PISCAR (Produtora Independente de São Carlos), formada por alunos do primeiro ano de Imagem e Som, a qual fez a cobertura audiovisual do evento.

Apesar do frio, que pareceu intimidar o público no início, o Festival do Calouro foi bem sucedido, foram mais de cinco horas em espírito de celebração onde a arte, em suas mais variadas formas de expressão, mostrou-se inteiramente presente.

Eid Nogueira Buzalaf é graduando em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

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Este post tem 2 comentários

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    Gostaria de agradecer ao Eid, e à redação da RUA, pela visibilidade dada à PISCAR na matéria. No momento, a cobertura do festival está em processo de montagem. Tão logo os produtos estejam finalizados, estaremos disponibilizando os mesmos no site da PISCAR:

    http://piscar.ning.com

    Um abraço,
    Ricardo Lourenço

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