Programação Interativa em Televisão Digital

Lauro Teixeira – Breve Currículo: Gerente de Programação na TV Aparecida – (atualmente);Coordenador de Programação na TV TEM – Bauru (afiliada Rede Globo) 2001-2008; Mestre em Comunicação pela UNESP com a pesquisa “TELEVISÃO DIGITAL – INTERAÇÃO E USABILIDADE”; Membro do GEA (Grupo de Estudos Audiovisuais do PPGCOM – UNESP). “PROJETO INTEGRADO DE PESQUISA EM TV DIGITAL: INTERATIVIDADE, CONTEÚDO E ESTÉTICA” – Apoio CNPq.; Instrutor no IETV (Instituto de Estudos de Televisão); Graduado em Design Gráfico (FAAC/UNESP), com 3 anos de experiência em projetos de interfaces gráficas no TVTEM.com (portal afiliado Globo.com); Docência, palestras proferidas, publicações em anais e revistas científicas, participações em congressos e outras experiências estão disponíveis na plataforma Lattes. Lattes: http://lattes.cnpq.br/8623317760973941;Palestras e Cursos – TV Digital Interativa: http://www.slideshare.net/lauropt; Mestrado: http://lauroteixeira.com.br/_TESE_Lauro-Teixeira.pdf

Resumo:

Este trabalho pretende continuar a discussão, em nível teórico, desenvolvida no Congresso Set 2007, sobre o planejamento da grade de programação em Televisão Digital Interativa. No atual cenário, os emissores têm o desafio de adequar as múltiplas possibilidades de produção e distribuição de conteúdo da mais alta tecnologia, para um público de cultura heterogênea e de contrastes sociais marcantes. Com a digitalização, a mídia se transforma para além da experiência de assistir a uma programação seqüencial e se torna pervasiva, favorecendo, inclusive, o uso de recursos interativos em ambientes móveis e portáteis. A televisão, enfim, adquire o status tecnológico que possibilita sua definitiva integração ao ciberespaço, levando consigo, pela usabilidade, pelo entretenimento e pelo sentido de comunhão, a parcela da população que o computador, sozinho, não alcança. Contudo, a questão mais relevante, no processo de convergência, está na constituição de uma grade que mantenha seu foco nas experiências genuinamente televisivas. Aquelas que estimulam a interação social, do público entre si e com o assunto em pauta. O HDTV aumenta o prazer compartilhado de assistir televisão em casa. Os dispositivos móveis são digitais e seus usuários, interativos. Nesse cenário, tem muito a ganhar a programação que souber conciliar a liberdade individual de escolhas com a satisfação da experiência comum, que primeiro estabelecer seus paradigmas “televisivos” de interação com o público.

Não há massas, há apenas maneiras de ver as pessoas como massas.
Raymond Williams[1]

Quando a TV analógica nasceu, na primeira metade do século XX[2], era vista, sob influência do meio predominante, como “um tipo especial de rádio, um rádio que ganhou imagem sincronizada, da mesma forma que, mais ou menos na mesma época, o cinema mudo ganhava som sincronizado” (MACHADO, 1988, p. 13). As transmissões, feitas em 1928 pela RCA (Figura 1), começaram com apenas 60 linhas de varredura e muita dificuldade para sintonizar os “fantasmas” em escalas de preto e branco.

Figura 1 – Testes de transmissão feitos pela RCA em 1928, 1936 e 1937.
Fonte: http://www.felixthecat.com/history.htm

Desde seu início a televisão tem experimentado programas que de alguma forma integrem a audiência em seu universo de produção. Mesmo antes de qualquer tecnologia que permitisse a interação entre emissor e espectador, a demanda fez surgir programas com elevado grau de participação do público. Porém,

“some commentators don’t believe that it is possible to have ‘true’ interactive television using the broadcast channel. Nevertheless, from the viewers’ point of view, the experience can certainly feel interactive”. [3] (GAWLINSKI, 2003, p. 48).

Até o final da década de 1950, a interação na televisão estava restrita a apreensão do conteúdo pelo telespectador. Porém, assim como a comunicação pressupõe interação, a televisão necessitava de maior proximidade entre emissor e receptor no contexto da distribuição massiva. Dessa emergência, as primeiras formas de retorno do espectador se deram através do uso de chamadas telefônicas e puderam ser experimentadas por programas como o Today Show da NBC de 1959. Nascia uma fórmula de programa interativo que permaneceria por décadas: o espectador é estimulado a ligar para emissora e participar do programa de alguma forma, individual ou coletivamente.

Mas as primeiras experiências com interfaces gráficas aparecem em 1973 com o Ceefax. Um sistema de teletexto desenvolvido pela BBC que permitia que textos e gráficos simples pudessem ser transmitidos para televisores que suportavam a tecnologia. Os dados do teletexto analógico são transmitidos via broadcast aproveitando uma parte ociosa do sinal[4], desse modo não há como o sinal voltar do espectador para a emissora (Figura 2). O efeito de interação é apenas com o aparelho, onde o espectador usa o controle remoto para navegar pelo conteúdo oferecido pela emissora. O espectador pode chamar diferentes páginas de informação digitando o número dessas páginas no controle remoto.

Figura 2 – Teletexto de um canal de televisão de Portugal
Fonte: http://teletext.mb21.co.uk/gallery

No Brasil, apesar de haver viabilidade técnica, não houve interesse do mercado de televisão em difundir a tecnologia. No entanto, o teletexto foi adotado pelas emissoras para comunicação interna entre rede e afiliadas (Figura 3).

Figura 3 – Teletexto da Rede Globo de televisão no Brasil.
Uso interno para comunicação com emissoras afiliadas. Do lado direito,
a programação nacional da rede. Do lado esquerdo, em paralelo,
a programação para o estado de São Paulo. Fonte: Imagem nossa

O teletexto, por sua eficiência em expandir o conteúdo do canal e pelo baixo custo, se difundiu pela Europa, virou costume, e passou a ser usado também na TV Digital (GAWLINSKI, 2003, p. 28). Grande parte dos hábitos interativos, bem como a própria estética da TV Digital Interativa da Europa (que influencia a estética da TV digital no mundo todo) advém da experiência com o teletexto.

Foi com o teletexto que a expressão “televisão interativa” ganhou popularidade. E foi especificamente sobre essa idéia de televisão interativa (do controle remoto e do teletexto no Reino Unido), que Raymond Williams nos advertiu com uma das definições de “interatividade” que mais inspiraram os subseqüentes pesquisadores da comunicação.

…é preciso distinguir sempre uma tecnologia interativa e a simplesmente reativa, baseado na hipótese de que a primeira deve dar total autonomia ao espectador, enquanto a segunda pressupõe um leque de escolhas predeterminado. (WILLIAMS, 1974, p. 139)

Conforme as pessoas utilizavam o teletexto, aumentava o desejo por algo que lhes colocassem em contato direto com os emissores. Em 1974, o United Kingdom Post Office apresenta o Viewdata, o primeiro sistema de videotexto do mundo. Oficialmente, ele foi lançado em 1979 e depois comercializado no Reino Unido como Prestel. O videotexto prometia ser uma revolução, diferente do teletexto que era unidirecional via broadcast, o videotexto era bidirecional e funcionava pela linha de telefone, permitindo que o usuário enviasse solicitações a diferentes emissores de conteúdo, inclusive de televisão. Era o “canal de retorno”.

O videotexto nos permitia a comunicação interativa com bancos de dados, para acesso a informações de interesse público e cotidiano, como notícias, restaurantes, horários de aviões e de trens, programação de TV, cinema, teatro, etc. Era a internet da idade da pedra! (SIQUEIRA, 2002).

Porém, diferente da internet que conhecemos, o videotexto era uma rede proprietária. O Prestel foi utilizado por centenas de milhares de pessoas nos anos seguintes, e sistemas semelhantes surgiram em vários países. Inclusive em 1982, a Telesp decide instalar em São Paulo o Minitel, sistema de videotexto francês. A experiência da Telesp durou mais de 10 anos e custou cerca de um milhão de dólares, porém não obteve êxito chegando a ter no máximo 20 mil usuários residenciais.

Os usuários não se demonstraram interessados em um sistema lento, para informar coisas que já estavam disponíveis em jornais, no rádio e na televisão. (SIQUEIRA, 2002).

Com exceção da França, onde o Minitel teve subsídios do governo, o videotexto foi um fracasso comercial no mundo todo. Há quem diga que nossa televisão digital interativa segue rumo semelhante no Brasil. Porém é cedo demais para estabelecer este tipo de afirmação, e por outro lado é notório que hoje há maior interesse por novidades em eletrônicos. Especialmente os que entretêm e estimulam a interação social. E a televisão continua como a principal mídia a reunir pessoas em torno de um mesmo assunto.

A interação sempre foi um objetivo no horizonte das inovações tecnológicas. No entanto, os fracassos em televisão interativa sempre estiveram relacionados a uma tecnologia cara ou a equipamentos desinteressantes, devido a erros com usabilidade ou então a propostas de programas interativos que interessavam muito mais aos produtores, tradicionais em sua lógica de mercado, do que às pessoas.

Para compreendermos o tipo de interação televisiva que pode ser interessante às pessoas que estão diante da televisão, é preciso antes compreender a própria televisão. E o modo mais apropriado é estudando a programação. A programação é onde tudo começa e tudo termina. É ela quem estabelece o pacto com o público através da grade e mantém seu interesse a cada pausa.

Na programação televisiva como conhecemos, o Break (Figura 4) garante a “respiração” para absorver a dispersão, permite explorar ganchos de tensão e estimula o imaginário, além de financiar a maior parte da programação em televisão aberta. Ele é parte constituinte do que chamamos de televisão e tende a continuar independentemente de como será sua formatação futura.

Figura 4 – O Break televisivo
Fonte – imagem nossa

No entanto, e se um programa de televisão dispuser de recursos interativos? Qual experiência trará a interação durante o programa (Figura 5)? Na televisão digital, diferentes modos de se relacionar com o programa tendem a promover imersão, aumentando ainda mais o envolvimento entre aqueles que gostam de se expressar. Se o objeto da interação for relevante ao conteúdo do programa, aumenta-se ainda mais a retenção de atenção.

Figura 5 – Interação durante o programa
Fonte – imagem nossa

Quando e que tipo de interação é mais conveniente e relevante aos propósitos da emissora? Com a gravação em PVR, e a possibilidade do usuário suprimir intervalos, é possível que algumas emissoras intensifiquem as ações de merchandising durante o programa (Figura 6), seja ele ao vivo ou gravado. No entanto, isso deve ser feito de modo a não agredir o espectador, desviando sua atenção, e não diminuir o interesse dele pelo programa.

Figura 6 – Qual o impacto do merchandising interativo?
Fonte – imagem nossa

E quais são as estratégias interativas para manter a audiência durante o intervalo (Figura 7)? A programação pode explorar modos de interação durante o intervalo comercial. Essas ações diminuem a sensação de demora do Break e podem manter a pessoa no canal. No entanto, deve se cuidar para que as interfaces e a própria interação não prejudiquem a absorção das narrativas comerciais. Por outro lado, ainda é melhor um intervalo comercial em segundo plano do que a mudança de canal ou o fast forward no DVR.

Figura 7 – Interação durante o intervalo
Fonte – imagem nossa

Até que ponto a quebra total do fluxo não prejudica a programação? A inserção de uma interação espacial em um fluxo linear de programação (Figura 7) pode fazer com que eventos subseqüentes deixem de ser absorvidos. No entanto, é preciso que os emissores compreendam esse contexto e saibam articular seus interesses e de seus “patrocinadores”, em sintonia com os interesses de seus interagentes.

Figura 8 – Publicidade Interativa com quebra de fluxo
Fonte – imagem nossa

O que a programação, como um todo, tem a ganhar com a televisão digital? Se a consistência de uma programação é percebida por sua grade, o “vir a ser” da programação através de chamadas e ações de marketing é reforçado espacialmente pelo Guia Eletrônico de Programação. No entanto, através dos guias e dos serviços que os une, as pessoas tendem a perceber os diferentes canais de televisão como um só. A televisão digital interativa passa a ser, aos olhos do usuário, uma plataforma de emissoras interrelacionadas entre si.

Figura 9 – Interação desvinculada (desacoplada) da programação
Fonte – imagem nossa

O conteúdo apresentado na televisão recebe, desde a sua concepção até a sua veiculação, formatação especial para que possa ser plenamente compreendido e assistido com boa qualidade técnica. Para isso são empregados alguns procedimentos como a utilização de orações curtas e diretas e enquadramentos próximos como close-ups e planos médios. As formatações especiais para tevê existem para que as características do meio sejam mais bem aproveitadas e os problemas sejam contornados, melhorando a experiência do telespectador. Transferências de conteúdo de um meio para outro podem apresentar resultados catastróficos, basta, por exemplo, tentar ler uma página de livro na tela da TV. Ou então, tentar assistir a um filme de duas horas em formato de cinema na tela de 1,5 polegadas de um celular. A experiência pode ser frustrante e cansativa.

Analogamente os serviços interativos para TV não podem ser meramente transcritos diretamente de outro meio, como a internet, sob o risco de não serem completamente entendidos e deixarem de ser utilizados. As aplicações devem ser desenhadas em compatibilidade com a experiência televisiva das pessoas, levando em consideração suas expectativas.

Outro aspecto, inerente às mídias digitais, a se considerar na televisão digital é a capacidade das pessoas em determinar o momento em que irão consumir conteúdo audiovisual. Abaixo (Figura 10), fizemos arbitrariamente uma distinção entre conteúdos quentes e frios. Os conteúdos quentes (vermelho) são aqueles que não têm sentido fora da programação televisiva (telejornal, esporte, novelas, auditório, ao vivo em geral, etc.). Os conteúdos frios (azuis) são atemporais e podem ser gravados para assistir em outro dia ou horário (filmes, séries, documentários, etc.) Com a facilidade que se tem de armazenar conteúdo em forma de vídeo (DVR, DVD, Ipods, computador, etc.), é possível dizer que as pessoas, cada vez mais, escolhem melhor a própria programação e assistem quando querem, logo, poderá haver maior demanda por programas atemporais (frios).

Figura 10 – Na competição pelo tempo do usuário,
os programas quentes podem perder audiência?
Fonte – Figura nossa

No entanto, é possível dizer que só os programas quentes são genuinamente televisivos, e, portanto, concorrem menos com outras mídias (Figura 11). São esses programas que fazem as pessoas se reunirem em torno da televisão e interagirem. Em outras palavras, os programas quentes provocam maior retorno social. É por esse motivo que a televisão está cada vez mais experimentando formatos que demandam audiência em tempo real. E na televisão digital, a audiência em tempo real ocorre com maior grau de imersão pela a interação em tempo real, do público entre si e com a emissora.

Figura 11 – Programas quentes são genuinamente televisivos
e concorrem menos com outras mídias.
Fonte – figura nossa

Além de quente ou frio, o domínio sobre o tempo de transmissão do conteúdo audiovisual também pode ser pensado em diferentes níveis. Que vão do interesse geral e em tempo real com a transmissão, até exibição ou manipulação extremamente particular do conteúdo televisivo ou de informações que dele derivam. Em outras palavras, de um lado a programação massiva, e de outro a auto-programação (Figura 12).

Figura 12 – Quem detém o controle do tempo de imersão e interação?
Fonte – imagem nossa

A televisão que outrora reservava seu espaço apenas para conteúdo de disseminação indiscriminada, agora encontra viabilidade técnica (e comercial) para permitir que todas as diversidades comportamentais se articulem em suas estruturas.  Diante da tela da televisão, temos não apenas o telespectador, mas também o usuário e o interagente (Figura 13). Somos telespectadores quando repousamos o controle remoto no sofá e confiamos nossa satisfação à habilidade do programador. Somos usuários quando usamos os recursos ou reagimos a eles, quando nos satisfazemos com a usabilidade desses recursos. Usuários usam algo e não alguém. E somos interagentes quando temos poder sobre o conteúdo. Quando nos relacionamos com a emissora ou com outros interagentes no intuito de nos manifestarmos, de sermos parte integrante do conteúdo.

Figura 13 – Níveis de interação com a programação em televisão digital
Fonte – imagem nossa

A programação televisiva está sofrendo ajustes de linguagem. Não apenas pela televisão digital, mas por todo o processo de convergência e pervasividade em que todo conteúdo audiovisual atualmente perpassa. Talvez a característica mais importante da televisão digital seja a integração de uma capacidade computacional significativa no aparelho receptor, permitindo inúmeras possibilidades de interação.

Contudo, a questão mais relevante à linguagem está na constituição de uma grade que mantenha seu foco nas experiências genuinamente televisivas. Aquelas que provocam retorno social, que estimulam interações bem além do simples apertar botões.

As pessoas estão se conectando e se comunicando de maneira participativa, o que as torna mais capazes de discernir sobre o que lhes é conveniente. A televisão, em contrapartida, está oferecendo cada vez mais narrativas complexas de argumentos sofisticados em diferentes gêneros para um público médio mais bem preparado e até ávido por desafios mentais. Esse público quer experiências televisivas em sintonia com seu tempo. Estão cansadas (como disse o ex-ministro Gilberto Gil) de “serem tratadas como público-alvo”.

Referências

GAWLINSKI, Mark. Interactive Television Production. Oxford, England: Focal Press, 2003.

MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. São Paulo: Brasiliense, 1988.

SIQUEIRA, Ethevaldo. “Duas histórias da revolução digital.” O Estado de São Paulo, 22 de Set. de 2002.

TEIXEIRA, Lauro H. P. Televisão Digital: Interação e Usabilidade. Dissertação (Mestrado em Comunicação), Bauru, SP: UNESP – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, 2008, 143.

TEIXEIRA, Lauro H. P. “Usabilidade e Entretenimento na TV Digital Interativa.” ECOS Revista (Educat) 10 (Jun 2006): 183-204.

TEIXEIRA, Lauro H. P., e César Fernandes CASELLA. “Televisão Digital Interativa: A Usabilidade como Linguagem de Uso.” Revista NAU 1 (2008): http://revcom.portcom.intercom.org.br/index.php/NAU/index.

WILLIAMS, Raymond. Culture and Society. London: Fontana, 1958.

-. Television: technology and cultural form. London: Fontana, 1974.

WOLTON, Dominique. Elogio do grande público: uma teoria crítica da televisão. Tradução: José Rubens SIQUEIRA. São Paulo: Ática, 2006.


[1] (WILLIAMS, Culture and Society, 1958)

[2] O princípio da televisão nasceu em 1873, quando foram descobertas as propriedades fotoelétricas do selênio. Combinando essas propriedades, Nipkow construiu o primeiro sistema transmissor de imagens. O “disco de Nipkow” se valia da persistência da visão das impressões luminosas na retina, onde todos os pontos da imagem, transmitidos um por um, com determinado grau de rapidez, são vistos como se houvessem sido transmitidos de uma só vez. Posteriormente, em 1934, o engenheiro americano de origem russa, Vladimir Zworykin, baseou-se no disco de Nipkow e inventou o tubo de raios catódicos que ficou conhecido como iconoscópio.

[3] Tradução nossa: alguns críticos não acreditam ser possível ter uma ‘verdadeira’ televisão interativa usando apenas o canal broadcast. Não obstante, do ponto de vista do usuário, sua experiência pode certamente ser percebida como tal.

[4] A transmissão do teletexto utiliza os intervalos de retraço vertical ou vertical blanking, o mesmo espaço ocupado pelo closed captions.

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Este post tem 3 comentários

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    Dafne F. Arbex

    Oi Lauro, tudo bem. Estou tentando acessar o link com sua tese de mestrado poré da erro de página. Sou aluna de mestrado em Design Gráfico da UFSC e gostaria de referenciar seu trabalho em minha dissertação!!!!

    Vc me mandaria o PDF?

    Gosto muito do seu trabalho (artigos publicados) – acho que tem um alinhamento e aderência com minha pesquisa….

    Obrigado, aguardo.

    Dafne F. Arbex
    UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina
    Pos Design Gráfico
    48 99143518

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