Por Rawi Santos e Yago Barbosa *
O segundo dia da 12ª Semana de Imagem e Som contou com a presença de Carlos Ebert, diretor e fotógrafo de cinema, publicidade e televisão que trouxe sua palestra: “Olhar, ver, gravar” apresentada no SESC São Carlos durante a tarde de 22/05/2012.
A palestra iniciou-se com a diferenciação do “ver” e do “olhar”, mostrando que ao interpretarmos uma informação e ao estarmos conscientes do mundo normal estamos “vendo”, alcançando nossa cognição visual. Enquanto o “olhar” se limita a percepção, sendo que este pode ser transformado pela fotografia: “Ao olhar pelo quadro vê-se mais”.
A partir de suas experiências, Ebert nos aconselhou a aumentar nosso “repertório visual” através de contemplação e busca por novos pontos de vista que podem ser realistas, exóticos e/ou imprevisíveis comprovando que não devemos nos limitar a simplesmente “olhar”.
Especialista no formato digital, Ebert demonstrou sua preocupação com a possível perda do que se produz e produziu em película até hoje, firmou a idéia de que realismo exagerado talvez não atraia público num futuro próximo pois, segundo ele, a arte nasce da limitação e o cinema apela muito mais à emoção que ao intelecto.
A questão “Onde eu ponho a câmera?” acompanhou e direcionou toda a palestra sendo respondida ao longo da mesma ao nos convencer, por meio de exemplos como: o contexto determina a imagem, assim como a manipulação do brilho, contraste, luminância e cores. Alertando o quanto estamos “olhando” de mais e “vendo” de menos, presos ao vermelho-pare, amarelo-atenção e verde-siga.
* Rawi Santos e Yago Barbosa são estudantes da Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos.
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