Dia #2 – Apresentação de Pesquisas 1

Por Chris Ribeiro*

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Dando continuidade as atividades da VII semana de audiovisual, aconteceu pontualmente às 10h de hoje a apresentação de pesquisas envolvendo o tema “os cinemas do afeto, intimidade e cotidiano”.

A primeira pesquisa trouxe o tema “A Representação feminina na Nouvelle Vague”, desenvolvida por Luciene Carvalho do curso de Cinema da FAP.  A pesquisadora apresentou uma análise de como de como Godard trabalha as protagonistas dos filmes “Bande à parte” (1964), “Viver a vida” (1963) e “Uma mulher é uma mulher” ( 1961) como representação da mulher moderna. Discutiu os conceitos de “mulher-documento” e de “prazer visual” de Laura Mulvez, que defendem que o olhar da câmera se refere ao olhar masculino, o que reforça a imagem do sistema patriarcal no cinema. Pontos como a implosão do modelo clássico narrativo também foram expostos, sendo que os filmes citados são exemplos de obras que o quebram e o subvertem a todo o momento.

A pesquisa seguinte discutiu sobre “Corpo, cotidiano e sensoridade no cinema de Karin Ainouz e Lucrécia Martel”. Caroline Coupe, idealizadora da pesquisa, expos que relaciona os filmes dos dois diretores devido a ambos terem uma história cinematográfica semelhante, além dos dois tratarem de temas contemporâneos de forma semelhantes, valorizando o cotidiano.

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“Afeto, cotidiano e espaços em Vive L’Amour”, apresentada por Flaviano Bastos Vianna, debateu a questão da relação da paisagem com os corpos que a habitam. Devido ao ambiente estar em constante transformação, as pessoas seriam impedidas de criar suas raízes, o que gera o desafio de como representar as suas vidas. A resposta disso é o cotidiano e no filme “Vive L’Amour”, o diretor o apresenta com ações mecânicas e banais.

A seguinte foi “Olhar para dentro: um estudo auto-biográfico”, pesquisa que gerou uma exposição de fotografias com o tema. A proposta da exposição foi apresentar fotografias de um suposto irmão gêmeo do pesquisador simulando suicídio das mais diversas formas, e que dois anos depois, teria também se suicidado. O intuito dessa história foi debater o conceito de verdade e mais precisamente, a da fotografia como construção da imagem.

“Redefinições entre cinema marginal na contemporaneidade: megalópoles, novas periferias e imagens dissidentes” foi a pesquisa responsável por fechar a mesa. Ricardo José Gonçalvez Duarte Filho explora a euforia terceiro-mundista em sua pesquisa, abordando aspectos sobre o homem que o habita, sempre híbrido e diaspórico.

Assim, concluiu-se a mesa com as cinco pesquisas e a sala toda lotada. Ao final, os pesquisadores agradeceram a participação e o evento seguiu para mais um dia de atividades.

Chris Ribeiro é graduanda do curso de Imagem e Som na Universidade Federal de São Carlos e editora na Revista Universitária do Audiovisual.

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