Oficina Direção de não-atores

Por Fernanda Sales*

A oficina de direção de não-atores, como previsto na ementa, teve enfoque teórico e analisou filmes cujos personagens foram interpretados por não atores, na maioria das vezes na busca por um realismo específico. Desta forma, foram postas questões relativas a diferenciação entre ficção e realidade, adentrando a história do documentário, assim como a história do realismo cinematográfico. Foram exibidos e comentados clássicos como O Nanook do Norte de Flaherty, Rio 40 graus de Nelson Pereira dos Santos, Accatone de Pasolini, assim como filmes de Jean Rouch, Bresson e Lucrécia Martel.

Foram analisados quesitos referentes a decupagem, ao estilo, as escolhas dos atores e às decisões dos diretores. Um ponto que poderia ter sido melhor aprofundado é os métodos de trabalhos possíveis para a atuação dos não-atores. A oficina foi interessante, porém muito conteúdo passado pelo oficineiro já fazia parte do conhecimento básico da maioria dos estudantes de cinema, de modo que o enfoque do curso poderia ter sido menos amplo e mais específico.

* Fernanda Sales é graduanda em Imagem e Som na Universidade Federal de São Carlos e editora da Revista Universitária do Audiovisual – RUA.

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