Inúmeros dias se passaram e com eles novos conceitos surgiram e antigos se afirmaram. Dezembro chega e com ele o final do ano se apresenta, nos levando a reflexões pessoais acerca das nossas atitudes e pensamentos. Se nessa época procuramos problematizar e analisar nosso comportamento, objetivando resoluções efetivas de melhoria, por isso a RUA na edição de Dezembro procura (re)visar o ano de 2013.
Refletir sobre o que foi produzido no passado são o ponto inicial para se pensar o que pretendemos produzir no presente. Entender ou buscar inovar são aspectos essenciais para a evolução da arte cinematográfica. Frutos de raciocínios que buscaram revisaram o cinema de sua época, não é por menos que os pensamentos como os de Bazin e dos cineastas-teóricos soviéticos dos anos 20 são fundamentais e lembrados até hoje.
O mesmo ocorre com alguns cineastas. Griffith marcou a história por compreender que através das técnicas existentes seria possível criar uma linguagem de representação. Orson Welles observando o cinema inovou em explorar aspectos ainda não utilizados. Stanley Kubrick se destacou por dominar a expressão cinematográfica a ponto de usar o clichê de forma inovadora a seu favor.
Como estudantes e amantes do audiovisual, somos influenciados por filmes, novelas, séries, videoclipes e tudo mais que se estenda ao audiovisual. Assistimos inúmeras produções durante 365 dias e, conscientemente ou inconscientemente, absorvermos temáticas e técnicas que provavelmente serão repercutidas em nossos trabalhos e formam uma “identidade cinematográfica”.
Por isso refletir acerca do que nos infere se é necessário, não só como forma de autoconhecimento, mas também como método de aperfeiçoamento. Dessa forma, mais do que simplesmente revisar o que foi feito durante esse ano, a RUA pretende colocar em pauta algumas produções que fizeram parte da produção audiovisual de 2013, de forma a tentar produzir ponderações criticas. Obviamente apenas uma edição não será suficiente para abordar todo um ano, por isso a edição da RUA de Dezembro vem em forma de um convite para que os leitores, não só reflitam sobre nossa publicação, mas para que também pensem sobre o seu próprio ano audiovisual.
Nayton Barbosa
Editor Geral
