Por Sofia Mussolin *
O filme La venganza de las mujeres vampiro, datado de 1970 e dirigido por Federico Curiel foi exibido no bloco D do campus Gragoatá com uma breve introdução sobre sua história e chamando atenção para a o Cineclube Sala Escura, mostra pertencente a UFF. Logo depois houve debate com as pessoas presentes.
O filme narra a história do doutor Brancov, que decide reviver de uma tumba a vampira Mayra a partir de uma transfusão de sangue. Outra personagem é Santo, uma figura dos filmes mexicanos que luta contra algo que coloca todos em perigo. A narrativa e a concepção tem contexto com toda a religiosidade e crença do México, assim como influenciou os filmes de luta do país, dando coesão aos gêneros pré-definidos. Foi um filme popular para a época, simbolizando os medos e esperanças da população, e ainda é possível uma análise a partir da concepção de arte, muito bem feita, porém com uma certa dramatização exagerada e cortes brutos, que dão tom ao filme diante do gênero. Existem diversas leituras da película, talvez a mais evidente é machista, vendo que as mulheres apenas mordem outras mulheres e os homens se protegem do impulso das mulheres que querem os privilégios deles. De uma forma ou de outra, Curiel e Santo fizeram do cinema mexicano de horror uma indústria motivadora para a arte.
* Sofia Mussolin é estudante de Imagem e Som na Universidade Federal de São Carlos e editora da RUA.
