SeIS.12 Dia #5 – Noitão Maldito na Estação

Por Fernanda Sales *

Sexta-feira, 25 de maio,  aconteceu o encerramento da 12ª Semana da Imagem e Som, com o “Noitão Maldito na Estação”. Foram projetados três filmes com a temática do horror, em Blu Ray, através de uma estrutura montada especialmente para o evento, na Estação Cultura, em São Carlos. Foram eles: Deixa ela entrar (Suécia, 2008), A noite do Chupacabras (Brasil, 2011) e O Exorcista (EUA, 1973). Era proposta do Noitão trabalhar com o tema norteador da SeIS.12 – o Medo, a partir de filmes essencialmente diferentes entre si, mas que de alguma forma abordassem essa temática de forma criativa ou inovadora. Mas certamente o diferencial do evento foi o espaço ocupado por ele: a plataforma da antiga estação de trem da cidade. A plataforma foi ocupada com carpetes, muitas cadeiras, uma grande e alta tela branca e “paredes” de tecido preto, que delimitavam o “cinema”. Havia café, chá, bolachinhas e pipoca. As pessoas não demoraram a chegar e logo a plataforma cinematográfica estava repleta de espectadores, tanto alunos do curso de Imagem e Som, como pessoas da cidade e de outros cursos.

O começo do evento atrasou devido a um trem que estava estacionado ao lado da plataforma, fazendo um  incomodo barulho. Logo depois da partida dele, as luzes se apagaram e o primeiro filme teve início. A qualidade da projeção e do som revelaram cuidado e preocupação com uma exibição de qualidade. Alguns trens passaram ao longo dos três filmes, no entanto, apesar de causar certo incomodo, não chegaram a cobrir o som da exibição. Por não demorarem, esses trens deram mais um “clima” sombrio ao evento do que o atrapalharam de fato.

Um destaque foi o filme  A noite do Chupacabras, produção independente do realizador Rodrigo Aragão, que arrancou comentários altos, risadas e aplausos do público, que interagiu ativamente com a tela. Já em O Exorcista, o silêncio taciturno reinou frente esse clássico de horror, assim como no delicado e ao mesmo tempo violento Deixa ela entrar.

Muitos comentários positivos a respeito do Noitão foram feitos por quem o presenciou, o que demostra que é possível assistir filmes em um local inusitado como uma estação de trem. Foi certamente uma experiência única. É fundamental que experimentos como esses se perpetuem, iniciativas que ocupem a cidade, que busquem locais inusitados, criativos.

* Fernanda Sales é estudante de Imagem e Som na Universidade Federal de São Carlos.

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