Crítica | Pinóquio (2022), de Guillermo del Toro
Del Toro edifica uma obra-prima da animação que, ainda que estabeleça breves diálogos com o clássico encomendado por Walt Disney, pleiteia e enfrenta todas as outras versões da história.
Del Toro edifica uma obra-prima da animação que, ainda que estabeleça breves diálogos com o clássico encomendado por Walt Disney, pleiteia e enfrenta todas as outras versões da história.
Trabalhando muito bem com um grupo de personagens que sofrem com disfuncionalidade perante o meio em que vivem, o diretor entrega um filme de narração progressiva potente que se torna cada vez mais intensa, mas que, infelizmente, patina nos instantes finais.
O cinema do Brasil sofre com o problema de identificação, enquanto ele nunca conseguiu se colocar no mesmo nível daqueles que ele considerou “melhores”, ele não se via familiarizado com seus vizinhos.
A narrativa que foi adaptada de um livro cheio de violência e crueldade chega como uma fábula moral linda, engraçada, divertida e fluida. Os detalhes de cada cenário e quadro são surpreendentes, enquanto toda a sonoplastia ressoa rica e atemporal.