CRÍTICA | O Encouraçado Potemkin (1925), Sergei M. Eisenstein

Aquele que assiste reconhece nos trabalhadores o motivo da sua insatisfação. O filme apresenta, em cinco capítulos, a situação soviética que havia acabado de encarar grandes revoltas políticas e sociais em um passado muito recente, mas, por utilizar do discurso cinematográfico característico do contexto, a temática da revolta popular recebe uma carga dramática ainda maior, ainda mais potente.

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CRÍTICA | Eles Não Usam Black Tie (1981), Leon Hirszman

Clássico nacional da década de 1980, Eles Não Usam Black Tie é uma imersão à realidade da classe operária multifacetada e, por vezes, cindida. Cisão política apurada no longa por meio do drama familiar entre um líder operário, sobretudo pai, engajado pelos seus direitos e pela mudança do status quo nas fábricas, e seu filho, operário resignado e paralisado frente à possibilidade de transformação. Pela ótica do drama familiar, o filme também atenta, para além dos movimentos e impedimentos na luta da classe operária, para outro pilar decisivo à construção da consciência política: a família, que oscila internamente entre pai e filho de distintas gerações e identidades

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CRÍTICA | Classe Operária vai ao Paraíso (1971), Elio Petri

Este clássico italiano de 1971, dirigido por Elio Petri, mergulha na jornada de um operário obcecado por ascender socialmente em meio à exploração e alienação. Uma obra que confronta o capitalismo e as complexidades das relações de classe, oferecendo uma visão contundente sobre as lutas e esperanças dos trabalhadores.

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CRÍTICA | O Menino e a Garça (2023), Hayao Miyazaki

Se tem algo que me fascina nos filmes do Studio Ghibli são as doses de realidade e fantasia que, misturadas com um profundo carinho e delicadeza, trazem ao espectador a história que se quer contar sem precisar se apegar aos detalhes. Mas não significa que os detalhes devem passar despercebidos, muito pelo contrário.

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CRÍTICA | Guerra Civil (2024), Alex Garland

O novo longa Alex Garland, Guerra Civil (2024), pode ser tudo, menos uma ótica representativa de guerra (salvo a insanidade e estereótipos delirantes). Ao se esquivar do aspecto político intrínseco ao conflito armado proposto, carece ao filme profundidade e complexidade narrativa, quando o objetivo de contemplar a atuação do fotojornalismo se reduz em formalismos: o juízo estético é mesmo apartado de razões éticas/sociais?

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