CRÍTICA | About dry grasses (Ervas Secas) (2023), Nuri Bilge Ceylan

É mediante a dramatização de uma “alquimia” das estações, que o diretor turco Nuri Bilge Ceylan explora as nuances sutis e complexas da ética humana, simbolizadas pelo olhar invernal de um professor da cidade grande que se transfaz em “faíscas” e “lampejos” no convívio social de uma aldeia, com modos e viveres conflitivos que questionam as motivações e visão de mundo do personagem principal. De maneira ampla, o filme trata do humano.

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CRÍTICA | Zona de interesse (2023), Jonathan Glazer

Zona de interesse (2023) insere o espectador numa vivência estética combustiva, impecavelmente edificada, tensionando e inflamando cada vez mais a vulgaridade de um quintal adornado e bucólico, zona pertencente à uma família nazista que se alimenta e aspira as cinzas de uma violência banalizante e legalizada na Alemanha hitlerista, mas, sobretudo, indiscutivelmente ilegítima.

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Crítica | Maestro (2023), Bradley Cooper

Em uma narrativa intimista, de planos longos e muito desconforto, Maestro nos apresenta a história do regente e compositor Leonard Bernstein (Bradley Cooper) e, afundo, uma história de sucesso e espetáculo, da vida de um gênio operístico e suas consecutivas obras de arte, e também de angústia e sufoco, quando o sucesso se acomete como uma praga. Uma retrospectiva fragmentada, de altos e baixos, todas vertentes do sucesso do maestro.

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