CRÍTICA | I Saw the TV Glow (2024), Jane Schoenbrun
Neste filme envolto em luzes neon e estática, Jane Schoenbrun traz um retrato aterrorizantemente surreal da disforia queer numa era dominada por telas e consumo midiático.
Neste filme envolto em luzes neon e estática, Jane Schoenbrun traz um retrato aterrorizantemente surreal da disforia queer numa era dominada por telas e consumo midiático.
Obra de Guel Arraes propõe uma visão que mistura temporalidades da realidade brasileira, mas perde sua potência na falta de soluções cinematográficas para a narrativa.
Em Blue Jean (2022), dirigido por Georgia Oakley, uma realidade é explorada com sensibilidade, ao revelar a tensão e medo de quem esconde sua identidade.
Não é incomum a existência de animes que tragam um ponto de vista focado na arte culinária, entretanto, Dungeon Meshi (2024) faz diferente ao misturar o universo da alimentação com um de fantasia. Nesse mundo, permeado por monstros e magia, como é denotado pelo narrador: “Comer é um privilégio dos vivos.”
A carência de inspiração impede que a natureza do título explore, de fato, a violência intrínseca ao protagonista e o ambiente, limitando-se à representação da monotonia de uma figura maligna que vaga por belas paisagens.
Por mais que o espaço percorrido seja similar, a presença de Nojinho, Raiva e Medo no lugar de Tristeza, além das visitas a outros locais não pré-estabelecidos, faz com que o filme não se passe por mais do mesmo, mas sim como uma revisita a partir de um olhar diferente, o que faz com que não caia na mesmice ou na repetitividade.
Liza Ambjörn mostra personagens que traçam uma conexão e conseguem conversar com a geração jovem atual por meio de tópicos relevantes.
O filme direciona uma jornada metalinguística por um universo fantástico, cujo foco está na impressão sensorial e na assimilação imagética.
Coutinho convida os trabalhadores a relembrarem de outros tempos, não como maneira de confrontar o passado, mas de resgatar e perpetuar um sentimento capaz de possibilitar um futuro.
O filme inaugura o que veríamos depois com outras obras que tratam de distopias. Quase um século após sua estreia original, Metrópolis comenta sobre a opressão por classe e insere o elemento da enganação com inteligência artifical de maneira a qual faz a trama do filme parecer algo que sairia no futuro, em 2027, e não cem anos antes.