CRÍTICA | Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (2010), Apichatpong Weerasethakul
O filme direciona uma jornada metalinguística por um universo fantástico, cujo foco está na impressão sensorial e na assimilação imagética.
O filme direciona uma jornada metalinguística por um universo fantástico, cujo foco está na impressão sensorial e na assimilação imagética.
Coutinho convida os trabalhadores a relembrarem de outros tempos, não como maneira de confrontar o passado, mas de resgatar e perpetuar um sentimento capaz de possibilitar um futuro.
O filme inaugura o que veríamos depois com outras obras que tratam de distopias. Quase um século após sua estreia original, Metrópolis comenta sobre a opressão por classe e insere o elemento da enganação com inteligência artifical de maneira a qual faz a trama do filme parecer algo que sairia no futuro, em 2027, e não cem anos antes.
Inspirado nas reflexões de Benjamin sobre a natureza das massas proletárias e sua relação com o poder, o filme de Hirszman desafia as convenções ao apresentar não uma massa compacta e controlada, mas sim uma multidão heterogênea e caótica após as assembleias. Essa abordagem rompe com a estetização da vida política e oferece uma visão autêntica e multifacetada dos eventos.
Aquele que assiste reconhece nos trabalhadores o motivo da sua insatisfação. O filme apresenta, em cinco capítulos, a situação soviética que havia acabado de encarar grandes revoltas políticas e sociais em um passado muito recente, mas, por utilizar do discurso cinematográfico característico do contexto, a temática da revolta popular recebe uma carga dramática ainda maior, ainda mais potente.
Clássico nacional da década de 1980, Eles Não Usam Black Tie é uma imersão à realidade da classe operária multifacetada e, por vezes, cindida. Cisão política apurada no longa por meio do drama familiar entre um líder operário, sobretudo pai, engajado pelos seus direitos e pela mudança do status quo nas fábricas, e seu filho, operário resignado e paralisado frente à possibilidade de transformação. Pela ótica do drama familiar, o filme também atenta, para além dos movimentos e impedimentos na luta da classe operária, para outro pilar decisivo à construção da consciência política: a família, que oscila internamente entre pai e filho de distintas gerações e identidades
Utilizando-se da greve como catalisador para a mensagem de consciência de classe da obra, mostrando justamente que em momentos de crise a tomada de decisões políticas são de suma importância para, não só a sociedade, mas para próprio o indivíduo.
Este clássico italiano de 1971, dirigido por Elio Petri, mergulha na jornada de um operário obcecado por ascender socialmente em meio à exploração e alienação. Uma obra que confronta o capitalismo e as complexidades das relações de classe, oferecendo uma visão contundente sobre as lutas e esperanças dos trabalhadores.
Rivais é o filme esportivo definitivo sobre tênis, com seu enredo dramático, sensual e cativante consegue ser inovador dentro do gênero, pois nunca se captou tão bem o espírito de estar jogando com o coração em quadra.
Se tem algo que me fascina nos filmes do Studio Ghibli são as doses de realidade e fantasia que, misturadas com um profundo carinho e delicadeza, trazem ao espectador a história que se quer contar sem precisar se apegar aos detalhes. Mas não significa que os detalhes devem passar despercebidos, muito pelo contrário.