ARTIGO | UM GOSTO AMARGO DE SANGUE NA BOCA
No cinema, ecos do fascismo persistem em diferentes representações, desafiando os espectadores a confrontarem seu próprio conformismo diante de violências que ainda assombram a nossa sociedade.
No cinema, ecos do fascismo persistem em diferentes representações, desafiando os espectadores a confrontarem seu próprio conformismo diante de violências que ainda assombram a nossa sociedade.
A história contada é a de Sentaro, que cuida de uma loja de dorayaki nos arredores de Tokyo, com poucos clientes. Um dia, Sentaro é abordado por Tokue, uma mulher já idosa que diz que gostaria de trabalhar com ele no local.
O transe colocado em cena por Sganzerla, repercute para além da dimensão fílmica e por meio do incessante movimento surreal e da performatividade assombrosa dos corpos. Observamos por este olhar não-linear as distâncias e ausências presentes no contexto brasileiro da década de 70. Assim como a memória brasileira, o filme após censura precisou ser restaurado de vários modos, em formas já descontínuas.
A tênue linha entre propaganda e idealismo no cinema do diretor ítalo-americano
Após quase 40 anos de desenvolvimento, Megalopolis chega às telas. Porém, aos 85 anos, Francis Ford Coppola não soube administrar as inúmeras vertentes de seu mega-filme.
Em 90 minutos, Hal Ashby conta uma história sobre vida e morte através das experiências de um jovem adulto e uma senhora.
Cada olhar, gesto e feição da Fernanda Torres acrescentam uma enorme complexidade à personagem, desde a empatia e ressentimento da conversa com o amigo de Rubens, até o alívio de receber o atestado de óbito do marido
Mathieu Kassovitz desenvolve a partir de La Haine, discussões políticas e históricas que representam tensões sociais inevitáveis herdadas da modernidade e sentidas diariamente no mundo contemporâneo.
Em um filme híbrido entre documentário e ficção, Cavalo abarca dança e música como preservação e expressão religiosa da ancestralidade africana.
O presente artigo trata sobre a questão da formação do cinema nacional na Tchecoslováquia, atual República Tcheca. Permeando alguns aspectos sociopolíticos e culturais desta região desde o contexto entre guerras, passando pela Primavera de Praga, Revolução de Veludo e seus resquícios, a ideia é analisar a tentativa de produção de filmes independentes em meio às disputas de poder e a repressão da ditadura socialista na região. O enfoque será para o cineasta Jan Svankmajer e o movimento do qual fez parte, denominado “Nouvelle Vague Tcheca”. Com a coligação de artistas de diversas searas, o ideal em comum era utilizar a arte como instrumento de militância para a liberdade de expressão e abertura política.